Por Leônidas Badaró , ac24horas.com
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes em 2017 para fazer um levantamento minucioso da violência no Brasil.
Infelizmente, a capital acreana se destaca de forma extremamente negativa. Rio Branco faz parte do grupo dos 20 municípios mais violentos do país, na 19ª colocação. Outro detalhe negativo é que ao lado de Fortaleza (Ceará) são as únicas capitais a figurar no ranking.
A taxa de homicídios em Rio Branco é de 85,3 homicídios por 100 mil habitantes, o que faz com Rio Branco seja considerada a segunda capital acreana com maior taxa de assassinatos.
O mapa da violência comprova o que o acreano sente na pele. A violência não se restringe apenas à Rio Branco e também se espalhou pelo interior. O que é chamado pelo estudo de interiorização do crime. São citados na análise os municípios de Porto Acre (com taxa de 80,2), Cruzeiro do Sul (64,1), Assis Brasil (57,3), Feijó (54,9) e Senador Guiomard (51,0).
Os números mostram o crescimento absurdo da violência em Rio Branco. De 2012 até 2017, a taxa de homicídios no Acre cresceu quase 200%, saltando de 29,0 para 85,3 assassinatos por 100 mil habitantes.
O atlas, que é considerado o principal documento sobre a violência no país, também retrata uma situação que, infelizmente, já virou rotina no Acre que é a guerra de facções. “Certamente, muitas mortes no estado têm relação com os confrontos entre Primeiro Comando da Capital (PCC) e B13 com o Comando Vermelho, em uma disputa por rotas de escoamento das drogas em um estado que possui fronteira de 1,4 mil quilômetros com Bolívia e Peru, países produtores de cocaína”, diz o Atlas.
Um outro número que mostra o Atlas e que nada orgulha os acreanos é que o estado tem a segunda maior taxa de aprisionamento do país. Cerca de 45% da população presidiária são jovens.
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