terça-feira, 6 de novembro de 2018

MP ajuíza ação por improbidade administrativa contra vereador e secretário adjunto de Obras em Cruzeiro do Sul

Para o MP, irregularidades foram cometidas com o objetivo de conquistar votos no último pleito eleitoral, onde o parlamentar disputou vaga de deputado estadual.


Por Adelcima Carvalho, G1 AC — Cruzeiro do Sul


O Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC) ajuizou uma ação civil pública de improbidade administrativa contra o vereador Marivaldo Figueiredo (PP) e o secretário adjunto municipal de Obras de Cruzeiro do Sul, Manoel Costa. Para o MP, as irregularidades foram cometidas com o objetivo de conquistar votos no último pleito eleitoral. O vereador, que é presidente do bairro da Várzea, foi candidato a deputado estadual.


De acordo com a denúncia, ele teria feito uma obra no bairro, usando recursos pessoais e máquinas da prefeitura. O secretário diz que o atendimento foi feito ao líder comunitário.


Figueiredo é acusado de realizar promoção pessoal ao obter o auxílio do secretário adjunto de Obras para realizar uma obra pública no bairro que em ele mora. O MP recebeu denúncia, por meio de fotografias, do momento em que o vereador levava, em seu veículo particular, tubos de concreto e tijolos para a obra do bairro. O secretário adjunto teria cedido, da prefeitura, uma retroescavadeira, um motorista e duas carradas de barro para a obra.


“Atendi um pedido do presidente do bairro. Nós estávamos realizando um serviço próximo ao bairro e o seu Marivaldo, como presidente do bairro, pediu uma ajuda para cavar uma vala onde ele queria instalar umas boeiras. Mandamos a máquina com o operador para fazer a vala e depois enviamos duas carradas de barro para tapar o buraco. Isso é praxe fazer para as comunidades. Atendi o presidente do bairro para atender uma demanda da comunidade”, explicou Costa.


Já Figueiredo, que tem desavença política com outro vereador, acredita que a denúncia foi por perseguição política.


“Para mim, isso é perseguição política de um colega de parlamento. Como presidente de bairro, sempre pedi ajuda à prefeitura para fazer benfeitoria no meu bairro. Não sabia que isso era proibido. Estou apresentando minha defesa, já estive no MP e me falaram que o agravante foi o fato de eu ter dado publicidade do serviço feito nas redes sociais e isso caracteriza promoção pessoal. Não foi essa a minha intenção”, afirmou.

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