quinta-feira, 5 de outubro de 2017

OPINIÃO

Por Chagas Batista*

Não dava para esconder, a grande mídia publicou neste fim de semana, o resultado da mais recente pesquisa de opinião, do Instituto Datafolha sobre a sucessão presidencial.

A matéria abaixo, apresenta os cenários completos das simulações de primeiro e segundo turno. O resultado é claro e contundente: LULA, ganha tranquilo em todos os cenários com os possíveis adversários, no primeiro e segundo turno.

Nesse quadro da conjuntura difícil do nosso país, gostaria expor aos setores democráticos e progressistas a seguinte reflexão: Depois do golpe parlamentar midiático e conservador, estamos vivendo um verdadeiro flagelo nacional. Entrega do patrimônio público e da soberania nacional, eliminação de direitos sociais e trabalhistas, desemprego, crise institucional e um presidente da República ilegítimo, corrupto-e que apesar de ter apenas 3% de aprovação popular, se aventura em golpear junto com um Congresso também desmoralizado e corrupto, as principais conquistas da nação, destruindo o estado social e a nossa condição de país soberano.

E nesse quadro de deterioração do país e ressurgimento do ódio e do fascismo que será realizada as eleições de 2018. É uma oportunidade que temos de reagir e reorientar nosso rumo para civilidade humana, ou avançar para o obscurantismo e o caos social. Tudo vai depender da capacidade da escolha que será feita nas urnas em 2018. Quem será o novo presidente? Lula, Bolsonaro, Marina, Alckmin, Ciro, Doria?

Hoje não podemos prever o resultado, especialmente porque o nome que desponta isoladamente na preferência da população (Lula) enfrenta uma cerrada ofensiva judicial e midiática para tirá-lo do jogo. Essa ofensiva, com feição de perseguição política, cada dia fica mais clara aos olhos dos brasileiros. LULA fora da disputa, o quadro de incerteza se alarga, podendo facilitar a vitória de qualquer aventureiro da espécie de Doria, Bolsonaro e outro que venha aparecer com um discurso fantasioso de moralidade. Não podemos esquecer 2014, Aécio Neves fez sua campanha pautada em um de discurso moralista, falso, de combate à corrupção. Nem precisou ser presidente para que a verdade viesse à tona e a máscara caísse

Do jeito que o país caminha, não acredito num acordo do amplo de Salvação nacional. Qualquer entendimento só será possível após o resultado das urnas. Nesse sentido, minha OPNIAO é que devemos desde já, definir o caminho em torno de um projeto e um nome que seja capaz de se comunicar e ganhar o coração das massas. Assim, temos que ter coragem de assumir que, o nome que pode expressar esse sentimento é Lula.

Lula pode ter cometido erros, sabemos que o projeto hegemônista do PT e a falta de coragem do próprio Lula de fazer as reformas constitucionais do pais foi o MAIOR erro cometido. Não o erro pelos quais as elites lhe acusam, o povo está começando a compreender isso. Tanto que mesmo após a condenação pelo juiz Sergio Moro , a taxa de rejeição ao ex-presidente caiu nos últimos três meses: 46% dos eleitores disseram em junho que não votariam em Lula de jeito nenhum. Agora, baixou para 42%. Lula lidera em todos os cenários em que participa, com pelo menos 35% das intenções de voto. Como já mencionei, ganha no segundo turno de todos os nomes até então apresentado. Até do seu algoz, Sérgio Moro. Um outro dado importante da pesquisa: 26% diz que vota em Lula em qualquer situação. Candidato, ou não, preso ou morto, preso ou solto.

Defender Lula é uma questão justiça. Não é um questão de petistas , é uma dever de todos os verdadeiros democratas que não se acorvardam, ante a voracidade da direita reacionária, ante popular, ante nacional, entreguista e opressora. Defender Lula, não significa defender o hegemônismo equivocado, ou os malfeitos do PT. Defender Lula é defender um país mais justo e respeitado aqui e perante as nações. Essa é minha convicção.

Presidente do PCdoB e ex-vice- prefeito

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