terça-feira, 7 de março de 2017

Jorge Viana quer que Anac reveja cobrança por bagagem em viagens aéreas

Assessoria

Senador discute com líderes reversão da autorização feita pela Anac. “País já tem as passagens aéreas mais caras do mundo”, critica

O senador Jorge Viana (PT-AC) voltou a criticar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por liberar as empresas aéreas a cobrar tarifa pelas bagagens despachadas em avião pelos passageiros. “O Senado, por ampla maioria, disse não à proposta de iniciar a cobrança por mala”, disse, na tribuna do Senado, lembrando decisão do plenário ocorrida em dezembro.

“Nós temos a passagem mais cara do mundo, e agora a Anac quer nos impor a mala mais cara do mundo”, criticou o parlamentar. “Eu acho isso um abuso, um desrespeito com o Senado e espero que essa resolução não entre em vigor a partir do dia 14”. A cobrança por bagagem já foi anunciada por pelo menos duas companhias aéreas: Gol e Latam. Ambas vão estabelecer tarifa por mala despachada.

Em reunião do colégio de líderes, na manhã desta terça-feira, Viana pediu a intervenção do Senado para suspender a resolução da Anac. “Além de pagar uma passagem cara, os brasileiros e brasileiras agora vão ter, a partir do dia 14, se for levada adiante essa decisão da Anac, um custo a mais para o ir e vir num país continental como o nosso em viagens aéreas”, disse.

“Na época do governo do presidente Lula, nós chegamos a ter 120 milhões de pessoas usando passagem aérea por ano. Passou para 96. Depois do golpe, agora são 80 milhões de pessoas usando o transporte aéreo. Reduziram em 18% a oferta de voos para o exterior. Cancelaram, retiraram uma centena de voos dentro do País. E o que tivemos como consequência? Passagens mais caras”, lamentou.

Viana cobrou transparência no debate sobre a cobrança por mala despachada pelas companhias aéreas diretamente ao consumidor. “Faço um apelo à direção da Anac, que respeite a deliberação do Senado Federal. O Senado, por ampla maioria, disse não à proposta de iniciar no país inteiro a cobrança dos passageiros pela mala”, discursou.

“A Anac não pode adotar uma medida dessa sem ter uma discussão dentro do plenário do Senado e sem levar em conta que nós vivemos num país continental”, alertou.

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