terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Jordão, o município que importa políticos

A cidade de Jordão, no Acre, é uma cidade atípica politicamente. Seja pelo isolamento por via terrestre, seja por ser governador por oligarquia. A política no município é tão atípica que a maioria das pessoas que cuidam do destino dos jordanenses são importados de outros lugares. Na Câmara de vereadores, dos nove parlamentares, três são de Tarauacá, embora já tenham um elo com a cidade. 

Outro ponto que merece destaque é o primeiro escalão da atual gestão. A maioria dos secretários vieram de outros municípios. Dos sete ocupantes das pastas, seis não tem naturalidade jordanense, tampouco foram criados na terra da banana. A única exceção no quadro do secretariado  é a Aparecida Santos, titular da secretaria de administração. Nascida e criada na terra que importa de outros lugares, todavia, não valorizam os seus. 

Desde 1992, ano da emancipação política de Jordão os governantes, com exceção de Esperidião Júnior (PMDB) que geriu a cidade de 1997 a 1998, governam o município como uma espécie de empresa familiar. A vida pública jordanense iniciou com os Melos e Figueiredo, depois com os Farias, Melo e Figueiredo novamente com uma inserção dos Farias, agora os Farias e Sérgio comando a empresa prefeitura de Jordão. 

Numa empresa é comum que os cargos de diretores sejam ocupados pelos familiares, na prefeitura de Jordão, a situação é bem parecida. Por isso, essa analogia ao vocábulo empresa. A prática de indicar parentes para comandar o alto escalão na esfera pública juridicamente é legal, desde que não empregue todos os familiares, mas politicamente é uma imoralidade. 

Por Leandro Matthaus 
Blog Tarauacá Agora 



Nenhum comentário:

Postar um comentário