Vinícius Britto
Rio de Janeiro (RJ)
Há 15 anos que a palavra impossível não consta mais no vocabulário vascaíno. No dia 20 de dezembro de 2000, o Cruz-Maltino conquistou a Mercosul, vencendo o Palmeiras por 4 a 3, no antigo Parque Antarctica, após perder o primeiro tempo por 3 a 0. Com um Romário balançando as redes três vezes, e Juninho Paulista comandando o meio campo, o jogo ficou marcado na história do futebol brasileiro como a "Virada do século".
O primeiro tempo foi de total controle do Alviverde, que foi para cima do Vasco desde o primeiro minuto, mas os gols só saíram começaram a sair no fim da primeira etapa. Aos 37 minutos, Junior Baiano cortou escanteio com a mão. Pênalti que o paraguaio Arce converteu.
Na saída de bola, o time de São Januário continuou disperso e entregou a bola facilmente. Tuta chutou, Helton defendeu, mas no rebote, Magrão aumentou a vantagem: 2 a 0. E piorou: aos 45 minutos, Tuta aproveitou o rebote para marcar o terceiro. O Palmeiras descia para o vestiário com os gritos de "É campeão" da torcida no estádio.
No intervalo, Joel Santana tirou o volante Nasa e colocou o atacante Viola. Ousadia necessária. Aos 15, Juninho Paulista sofreu pênalti e Romário diminuiu. Dez minutos depois, novamente Juninho sofre pênalti. Romário marca mais uma vez. O Vasco estava vivo. Um gol de diferença e mais 20 minutos a serem jogados naquela decisão.
O zagueiro Júnior Baiano foi expulso aos 32 minutos do segundo tempo, o que poderia conter a reação. Mesmo assim, aos 40, Euller e Romário tabelaram, Juninho Paulista empatou. O improvável acontecia. O Vasco igualara o confronto. O defensor experiente Mauro Galvão até entrou no lugar de Euller para tentar garantir o empate.
Mas, aos 48, Viola arrancou pela esquerda e serviu Juninho Paulista. O meia bateu prensado. Ele, sempre ele, estava lá: Romário não perdoou. Aquele era o Vasco. Campeão da Copa Mercosul de 2000.
Há 15 anos, o Vasco deu sua lição de grandeza e não desistir nunca.
Lance Net
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