quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Léo de Brito ( PT) viaja para o Acre para livrar Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara


O deputado Léo de Brito ( PT), do Acre, inicia sua trajetória política fugindo das responsabilidades. Pior de tudo, fugindo para livrar um corrupto. Logo ele, que durante toda campanha se mostrou um político probo. Mas marketing durante campanha eleitoral é uma coisa, atuação parlamentar é outra. 

Segundo o Jornal o Globo ( versão online), a pedido do Ministro da Casa Civil, Jaques Vagner, Léo viajou para o Acre para não comparecer na sessão do Conselho de Ética que trata sobre a cassação do mandato do Eduardo Cunha ( PMDB), presidente da Câmara, acusado de corrupção e lavagem de divisa. 

Léo é mais um produto maquiavélico da política brasileira, infelizmente. Na campanha é um santo, quando eleito se torna igual aos demais capachos da imoralidade política que hoje é o Congresso. 

Livrar um corrupto da perca do mandato é torna-se igual a ele.

Por Leandro Matthaus

Blog Tarauacá Agora 


Por O Globo 19/11/2015

BRASÍLIA - Partiu de dentro do Palácio do Planalto um pedido para que os três deputados do PT com assento no Conselho de Ética se ausentassem da reunião desta quinta-feira do órgão, ajudando na operação de salvamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, reuniu-se com um grupo de líderes da base na noite de quarta-feira, em seu gabinete, para negociar o apoio do governo a Cunha, entre eles, Sibá Machado (PT-AC), Maurício Quintella Lessa (PR-AL), André Moura (PSC-SE), e Jovair Arantes (PTB-GO). Durante a reunião, Wagner telefonou aos deputados Léo de Brito (AC), Zé Geraldo (PA), e Valmir Prascidelli (SP), pedindo que não comparecessem a sessão no dia seguinte. Brito viajou para o Acre, mas Zé Geraldo e Prascidelli se recusaram a faltar ao conselho, alegando serem publicamente favoráveis à cassação de Cunha. No entanto, aceitaram a contraproposta feita pelo ministro de somente comparecerem se houvesse quorum, o que acabou ocorrendo.

Na reunião na Casa Civil, que ocorreu entre 22h e 23h de quarta-feira, os líderes defenderam junto a Wagner o apoio a uma pena alternativa a Cunha. Em vez da cassação, a suspensão temporária do exercício do mandato. Com isso, o peemedebista ficaria impedido de presidir a Câmara, relatar projetos, entre outras funções burocráticas, por um prazo de até seis meses, segundo o artigo 14 do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara.

— Essa punição tem que ser aprovada no Conselho de Ética e depois passar pela aprovação do plenário. Se os deputados, em plenário, votarem contra, estarão livrando Cunha de qualquer outra punição. Vão ficar entre a cruz e a espada e ele fica no lucro — explicou um parlamentar envolvido nas negociações ao GLOBO.

Com a posição já antecipada de Zé Geraldo e Prascideli, aliados de Cunha sugeriram que o PT peça a renúncia dos representantes do partido no Conselho para que sejam indicados nomes mais ligados ao governo e que aceitem apoiar Cunha. A proposta gerou reação imediata entre os parlamentares petistas. Na próxima terça-feira, a bancada se reúne para que haja uma manifestação formal da maioria a favor da cassação de Cunha e contra as pressões e manobras que seu grupo vem fazendo junto aos partidos.

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