terça-feira, 30 de junho de 2015

Deputado evangélico diz que “gays querem aparecer” e afirma que bancada evangélica vai se posicionar na Aleac contra financiamento da Parada LGBT

Luciano Tavares - da redação de ac24horas lucianotavares.acre@gmail.com

A Parada do Orgulho LGBT ocorrida neste domingo abriu uma nova polêmica com a chamada Frente Parlamentar Evangélica da Assembleia Legislativa do Acre.

O deputado Jonas Lima, do PT, que também é líder de célula da Igreja Batista Filadélfia, acha que a frase “Deus está aqui” proferida pelo presidente da Associação dos Homossexuais do Acre, Germano Marino, no caminhão de som num discurso durante a Parada Gay, é mais uma tentativa de provocação aos religiosos. “Esses caras querem aparecer”, diz o deputado evangélico.

“Eu acho que esses caras estão provocando a gente que a acredita na família, que a acredita no Senhor (Jesus). Acho que eles estão vendo o que a gente vai falar para eles aparecerem. Acredito que é isso.”

A Frente Parlamentar Evangélica, presidida pela deputada Doutora Juliana (PRB), membro da Igreja Universal do Reino de Deus, irá se pronunciar nesta terça-feira, 30, contra o que eles consideram “ataques” ao movimento cristão. O parlamentar petista também confirmou mais uma vez que irá apresentar um projeto de Lei que visa proibir o governo do Estado de patrocinar eventos como a Parada LGBT, o Carnaval e até a Marcha Para Jesus.

“Vamos nos posicionar na Assembleia. Vamos, através da Frente Parlamentar Evangélica, apresentar um projeto proibindo o Estado de financiar tanto passeata gay quanto Carnaval e Marcha para Jesus. Ou tu acha que alguém não pagou aquele carro de som da Parada Gay. Alguém pagou, alguém pagou”, questiona Jonas Lima.

O parlamentar também repudiou as declarações feitas em nota pela Associação dos Homossexuais do Acre de que A Parada Gay foi realizada “com a pregação negativa de setores fundamentalistas impedindo a realização da Parada, coibindo qualquer ajuda governamental em troca de barganhas políticas, transformando fiéis em currais eleitorais, por conta do preconceito homofóbico, por acreditarem ainda que os homossexuais são doentes e necessitam ser curados, sem enxergarem que a cura tem que ser para o preconceito, pois somos seres humanos”.

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