quinta-feira, 14 de maio de 2015

Jenilson Leite destaca realização de primeiro transplante de rim com doador vivo no Acre


deputado Jenilson Leite (PCdoB) destacou na sessão desta quarta-feira, 13, a realização de mais um transplante de rim no Estado do Acre, o primeiro procedimento com intervivos (doador vivo) do ano. A cirurgia ocorreu hoje no Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco. De acordo com o parlamentar, o doador é irmão do receptor.

Esse tipo de procedimento é possível quando se trata de órgãos duplos ou partes de órgãos e tecidos cuja retirada não cause ao doador comprometimento de suas funções vitais e aptidões físicas ou mentais nem provoque deformação. Também é necessário que o doador e receptor tenham tipagem sanguínea compatíveis.

“Quero parabenizar a equipe médica que realizou esse procedimento por se tratar de uma cirurgia mais complexa, que exige mais perícia e responsabilidade dos cirurgiões. Fico muito satisfeito em anunciar a realização desse transplante, é muito gratificante para nós saber que esse tipo de ação está sendo feita aqui no nosso estado”, disse.

O deputado comemorou ainda um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) que colocou o Acre em quarto lugar em número de transplantes de rim e fígado realizados por milhão de população (pmp) por estado, com 32,7 e 16,3 procedimentos respectivamente. Referentes ao primeiro trimestre de 2015, os dados também mostram que o Estado é um dos oito que tiveram mais de 50 notificações de potenciais doadores pmp e obtiveram as maiores taxas de doadores efetivos.

“Mais de 280 transplantes de rim, córnea e fígado foram realizados no Estado do Acre desde 2006. Esses números são muito importantes para o Sistema de Saúde Pública do Acre. O Estado também se mantém em segundo lugar em número de potenciais doadores, pessoa com diagnóstico confirmado de morte encefálica, por milhão de pessoa, ficando atrás apenas do Distrito Federal”, complementou.

Jenilson Leite falou ainda da possibilidade da construção da Ferrovia Transoceânica. O anúncio da obra, orçada em R$ 30 bilhões, deverá ser feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) em junho deste ano, durante a visita ao Brasil do primeiro ministro da China, Li Keqiang. O investimento será uma parceria entre os governos brasileiro, chinês e peruano.

De acordo com o parlamentar, o primeiro trecho da ferrovia deverá ser licitado, em breve, entre Goiás e Lucas do Rio Verde (MT). 

“No traçado original a Ferrovia passaria por Rio Branco e seguiria para o Peru por Assis Brasil. Mas Jorge Viana está pedindo alteração da rota para que seja feita pelo Juruá, acompanhando o traçado da BR-364 e entrando no país vizinho por Cruzeiro do Sul e Pucallpa”, explicou.

O deputado disse que concorda com o senador Jorge Viana (PT) quando ele ressalta que todos os países continentais do mundo trabalham com ferrovias como meio de transporte prioritário. “O senador explicou que a Ferrovia Transoceânica será a rota para se vender alimentos produzidos no Brasil através dos portos peruanos do Oceano Pacífico. É bom ressaltar que a concretização do projeto beneficiaria todo o sul da região amazônica. E abriria um mercado forte com os países asiáticos e da Costa Oeste dos Estados Unidos”, destacou.

Para Jenilson a ferrovia seria um caminho de integração regional mais efetivo. “Sem contar que a manutenção de uma estrada de ferro é infinitamente mais barata que de uma rodovia”, concluiu.


Mircléia Magalhães

Agência Aleac Foto Jardy Lopes 

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