terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Futuro líder do PT defende mais autonomia em relação ao governo. " Sibá Machado deve ter nome oficializado pela bancada petista nesta quarta. Ele admitiu que 2015 pode ser um dos 'piores anos' para o PT na Câmara".

Por Fernanda Calgaro
Do G1, em Brasília
Deputado Sibá Machado durante discurso no plenário da Câmara (Foto: Gustavo Lima / Agênca Câmara)
Deputado Sibá Machado, em imagem de arquivo(Foto: Gustavo Lima / Agênca Câmara)
O deputado federal Sibá Machado (PT-AC), que deve ser oficializado na quarta (4) como líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, defendeu nesta terça-feira (3) mais autonomia em relação ao Palácio do Planalto e maior protagonismo dentro da Casa.

“Eu digo que [o partido] pode levantar teses e levar à provocação de discussão para liderar o processo. Por exemplo, o governo manda medidas provisórias para cá, [mas] é uma tese do governo. Nós vamos ouvir, vamos estudar, vamos ver o que a gente faz”, afirmou Sibá após participar de uma reunião com a coordenação da bancada.

Ele ainda deixou claro que não pretende se tornar uma voz em defesa das posições do Executivo no Congresso.

“Eu estou aqui para defender a bancada, em primeiro lugar, [com] a responsabilidade de manter a governabilidade, a imagem do meu partido. Mas aqui tem 69 companheiros, e o governo tem mil e uma formas de se defender, o partido tem mil e uma formas de se defender e a bancada tem que ter alguém que fale por ela”, declarou.

Sibá reconheceu que 2015 será um ano difícil para o PT, que sofreu uma dura derrota com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, deixando o candidato petista Arlindo Chinaglia (SP) em segundo lugar.

Na tentativa de conseguir angariar apoio ao nome de Chinaglia, o PT ainda abriu mão das vagas a que teria direito na Mesa Diretora em favor de partidos aliados, como PP, PR e PSD. Com a derrota de Chinaglia, acabou ficando sem nenhum cargo diretivo.

“2015 não vai ser sopa, vai ser um ano dos piores que nós vamos passar na história do partido nesta Casa”, admitiu Sibá. “Do ponto de vista institucional, está posto o isolamento, não vamos fingir, porque está aí.”

A eleição em que ele será escolhido para a liderança do partido está marcada para esta quarta e deve contar com a presença do presidente do PT, Rui Falcão.

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