quarta-feira, 5 de novembro de 2014

No AC, operação da PF em sede do Detran apura suposto crime eleitoral

Detran confirmou a operação e diz que caso é 'isolado'. Advogado da Frente Popular diz que houve excesso do MP-AC.

Por Yuri Marcel
Do G1 AC

Homens da Polícia Federal estiveram na sede do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC), nesta terça-feira (4), para apurar uma denúncia de crime eleitoral que pode ter sido cometido por servidores do órgão, em Rio Branco. O departamento confirmou a operação e definiu a ação como 'caso isolado'. O advogado da Frente Popular diz que ação se deu após um print em um grupo do 'WhatsApp', onde simpatizantes estariam fazendo boca de urna e afirmou ter existido 'excesso pelo Ministério Público do Acre (MP-AC)'.

A denúncia foi apresentada pelo MP-AC. O G1 tentou, por 24 horas, apurar mais informações sobre o caso, mas, através da assessoria, foi informado que o caso estava sob a responsabilidade do Ministério Público Federal (MPF-AC). Já no órgão federal, confirmaram que o caso ainda estava no âmbito estadual. A equipe também tentou entrar em contato, por várias vezes, com os três promotores eleitorais que teriam oferecido a denúncia, mas não obteve sucesso. A Polícia Federal também informou que não fala sobre o caso.

Para o advogado da coligação Frente Popular do Acre (FPA), Odilardo Marques, a operação seria um excesso da Justiça. "Pelo que temos conhecimento essa questão em nada se refere a Frente Popular. A alegação é que eventuais simpatizantes da coligação estariam fazendo boca de urna. A base para isso foi um 'print' que tiraram de um grupo do WhatsApp. Em função disso, o Ministério Público representou e o juiz achou por bem pegar os telefones de quem participava desse grupo. Inclusive alguns funcionários do Detran".

Ele ressalta que a ação não teria sido movida contra o órgão Detran, nem contra a coligação, mas sim contra os membros do grupo.

"Pelos dados que a gente viu é totalmente improcedente, é muito frágil [ a ação]. Houve um excesso cometido tanto pelo Ministério Público para pedir coisa absurda quanto pelo juiz para deferir uma busca e apreensão de telefones particulares. Não são telefones institucionais", defende.

O advogado disse que está acompanhando a situação que considera impertinente.
Procurado pelo G1, o Detran-AC confirmou a realização da operação na sede do órgão, mas enfatizou que ela não tem nada a ver com o departamento, que não teve nenhum equipamento apreendido. Em nota, o Detran-AC diz que situação é caso isolado e que todos os envolvidos compareceram à sede de Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Após operação, na terça-feira (4),expediente voltou a ser normalizado.

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