quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dilma cita slogan de Lula e diz que 'verdade vai vencer o pessimismo'


Presidente participou de evento de campanha na CUT em São Paulo.
Ela pediu 'goleada nos pessimistas' assim como na realização da Copa.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

Dilma durante a 14ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos (SP) (Foto: Fábio Vieira / Foto Arena / Estadão Conteúdo)

A presidente Dilma Rousseff citou nesta quinta-feira (31), durante agenda de campanha em São Paulo, slogan usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2002 e disse que, na disputa deste ano, "a verdade vai vencer o pessimismo".

Desde o ano passado, Dilma tem utilizado discursos para questionar as críticas ao seu governo e contestar o que chama de "pessimismo" por parte de adversários políticos, do mercado financeiro e da imprensa. A partir do início oficial da campanha, no começo deste mês, a presidente insiste em rebater o "pessimismo" e cita como exemplo a realização da Copa do Mundo no Brasil, que era criticada antes e acabou elogiada.

"Quando Lula foi eleito, em 2002, pela primeira vez nós dissemos assim: 'a esperança venceu o medo'. Agora, temos de dizer assim: 'a verdade vai vencer o pessimismo'", afirmou em discurso no primeiro evento público oficial de campanha, durante a 14ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos (SP).

A presidente falou por quase 40 minutos e disse que, assim como em relação à realização da Copa, é preciso dar uma "goleada nos pessimistas".

"Na verdade diziam que ia ser um fracasso", disse ela sobre o mundial de futebol. "Pois muito bem, o que vimos foi justamente o contrário. A Copa deu certo, foi aquele sucesso e o Brasil mostrou que tem um povo hospitaleiro", disse a presidente. "Demos uma goleada nos pessimistas. Nessa eleição temos que fazer a mesma coisa: vamos ter que dar uma goleada nos pessimistas."

Falta de água em São Paulo
Dilma também mencionou a crise no abastecimento de água na gestão do governo tucano em São Paulo.

"A verdade vence a falsidade e o pessimismo quando a gente lembra do que aconteceu na Copa", disse ela antes de citar os serviços e obras como aeroportos e estádios. "Agora, aqui em São Paulo, água pode faltar. Nós tomamos todas as providências para que no Brasil não faltasse energia elétrica", comparou a presidente.

Durante o discurso para uma plateia de trabalhadores, ela reconheceu, porém, que seu governo não foi só de acertos. "Posso não acertar sempre, como qualquer ser humano. Posso não agradar a todos a todo o tempo. Aliás, eu acho que desagrado a alguns. Mas eu não traio os meus princípios, os meus compromissos, e eu não traio os meus parceiros", disse ela, depois de elogiar o papel da CUT na "trajetória de lutas do povo brasileiro na construção de uma democracia e de um país muito mais justo e muito mais próspero".

Compromisso com o emprego
Dilma disse que o principal compromisso de sua campanha de reeleição é com o emprego. "Meu compromisso com a questão da valorização do salário-mínimo se deve porque fomos o país que tinha a pior distribuição de renda e partiu para reduzir a miséria e o desemprego."

Dilma lembrou que, desde 2009, o Brasil enfrenta "uma forte crise" e que nos outros países foram registradas demissões de 60 milhões de pessoas desde 2008. "Nós empregamos 11,5 milhões nesse período, e, no meu governo, 5 milhões."

Como promessa para um eventual segundo governo, Dilma afirmou aos membros da CUT em Guarulhos que pretende incentivar processos como a negociação coletiva na relação do Estado com trabalhadores para "garantir que mais categorias tenham direitos, como é o caso das empregadas domésticas".

Ironias à oposiçao
Dilma ironizou a gestão do PSDB no governo federal ao lembrar que a oposição buscou empréstimos internacionais.

"Ficaram de joelhos frente ao Fundo Monetario Internacional (FMI). Deviam US$ 37 bilhões. Hoje nós temos dez vezes mais do que isso. Antes diziam que, se tossiam lá fora, nós pegávamos pneumonia. Hoje temos remédios contra essas tosses. E esse remédio não passa pelo desemprego."

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