A primeira pesquisa de opinião depois do anúncio da união entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, divulgada ontem pelo Datafolha, tem boas notícias para a presidente Dilma, que continua amplamente favorita, e, além de tudo, viu que a união dos dois adversários não produziu resultados eleitorais até o momento.
Há boas notícias para Marina, também, que confirma a posição de mais forte adversária à reeleição da presidente, podendo ir ao segundo turno nos dois cenários em que aparece como candidata.
Além disso, ela é a candidata da oposição que dá mais dificuldades à presidente Dilma num eventual segundo turno, embora a presidente vença em todos os cenários.
A pesquisa mostra, porém, que Marina não transfere todos os seus votos para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Eles vão, igualmente, para a presidente Dilma e para o candidato oposicionista Aécio Neves, no único cenário em que Dilma é eleita no primeiro turno.
José Serra
Também o ex-governador de São Paulo José Serra ganha fôlego na tentativa de ser mais uma vez candidato a presidente pelo PSDB, pois aparece em segundo lugar num cenário em que o governador de Pernambuco é o candidato do PSB.
Em confronto com Marina, tanto Serra quanto Aécio Neves, o provável candidato tucano, perdem. O melhor cenário para Serra é o em que ele enfrenta Dilma e Campos, levando a eleição para o segundo turno, o que Aécio não consegue em nenhum dos cenários.
O melhor cenário para a presidente Dilma é o atual, em que Eduardo Campos e Aécio Neves são os candidatos da oposição. Este é o único caso em que a presidente seria reeleita no primeiro turno.
É o único cenário também em que o tucano Aécio Neves chega em segundo lugar, o que não vale muito para o partido, pois não estaria no segundo turno pela primeira vez nos últimos anos.
Claro que muita coisa acontecerá ainda até junho, prazo final para as convenções partidárias escolherem seus candidatos, mas a notícia mais importante é a comprovação de que a ex-senadora Marina Silva continua sendo a principal candidata da oposição, mesmo depois da manobra política que fez.
É sinal de que ela manteve seus apoiadores, mesmo aqueles que são contrários à união com o PSB ou, no limite, à sua inserção na política tradicional para disputar a Presidência.
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