segunda-feira, 12 de abril de 2021

Entrega de escola no valor de mais de três milhões de reais está atrasada há quatro anos, na cidade de Jordão


              Obra foi abandonada pela empresa vencedora da licitação


A quarta escola da cidade de Jordão, orçada no valor de R$ 3.426.210,36 (três milhões, quatrocentos e vinte e seis mil, duzentos e dez reais e trinta e seis centavos), deveria ter sido entregue no ano de 2016, mas o atraso já perdura por quatro anos. Enquanto isso, a Construtora Noruega, com sede na cidade de Tarauacá, vencedora da licitação, já está trazendo até o restante do material (tijolos, telhas) que estava em Jordão, para sua sede. E a obra continua inacabada e sem data para termino e entrega.

Segundo informações de alguns vereadores, a empresa alega que sem aditivo não é possível continuar, haja vista o alto preço para construir em Jordão. Pois, somente com transporte, a construtora teria gasto cerca de quinhentos mil. Contudo, vale destacar que, no ano de 2015, data do início da construção, o preço do tijolo, da telha e do cimento, era vendido pela metade do valor que é praticado no mercado atual. Aliás, quando alguém concorre a uma licitação numa cidade atípica, como Jordão, sabe o risco e gastos que terá. Logo, a desculpa é apenas estória de empreiteiro.



O dinheiro é oriundo do Fundo Nacional da Educação Básica (FNDE). Na época de gestão da preside Dilma Rousseff, com o lema de gestão: Brasil, Pátria Educadora, o MEC liberou milhões de reais para a construção de centenas de escolas modelos e creches para a educação básica.

Embora o dinheiro seja de origem federal, a responsabilidade de licitação, fiscalização é do município de Jordão, que na época, era gerido pelo ex-prefeito Élson Farias (PCdoB).

Iniciada no dia 25 de maio de 2015, a escola deveria ser entregue pela empresa ao município doze meses depois. Ou seja, 25 de maio de 2016. Todavia, passaram mais quarto anos de gestão do governo Élson Farias e a escola ficou apenas nas promessas de campanha.

Devido a viagem do novo prefeito e da secretária de educação à comunidade Novo Porto, no rio Muru, não possível ouvi-los para saber quais providências serão tomadas.

A direção do Portal Tarauacá também encaminhará a reclamação ao Ministério Público Federal e Ministério do Tribunal de Contas da União para que seja apurado o atraso na entrega e, caso, haja danos ao erário, que os responsáveis sejam condenados a devolver o recurso.

A redação do site também não conseguiu contato com o dono da Construtora Noruega, mas fica o espaço reservado para os possíveis esclarecimentos, no e-mail: contato@portaltarauaca.com.br

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