terça-feira, 12 de maio de 2020

Poema : Acre



(Por Ueliton Freire e Jefferson H. Cidreira)

Terra de clima quente e úmido 
Que abriga a floresta amazônica 
De beleza única 
De rios caudalosos 
Dos indígenas 
De aventureiros 
De Plácido de Castro a Chico Mendes 
Lugar de povo altaneiro. 

Acre que abrigou nordestinos 
Itinerários do migrante guerreiro 
Que acolheu turcos, sírios, portugueses 
E demais estrangeiros. 

Lugar ímpar no Brasil 
Sustentou sua economia nos tempos áureos da borracha
Paragem de seres que não se extenuam em dizer: "Nasci aqui, e não há outra terra que desejaria nascer".

Pedaço encantado, outro Brasil 
De gente alegre e viril 
Região fronteiriça com bolivianos e peruanos 
De um povo que segue cantando 
Ó, meu Acre, como eu te amo.

Espaço da seringueira, do açaí e da melhor farinha
Produtor de castanha, de gente humilde, mas unida 
Onde a vida transita sem cerimônia 
Das cidades desenvolvidas às matas
Onde pulsam milhares de vidas e culturas, Babilônia. 

Dos rios: Purus, Acre, Juruá e Envira
De praias tão lindas
Da serra do Môa 
Das lendas amazônicas 
De encantos mil 
És meu lugar, és meu Brasil.

Espaço onde se pode contemplar o canto do sabiá 
Admirar o azul-celeste dos céus 
O verde vívido das matas 
O belo pôr do sol refletido nos rios
À noite, o canto cativo dos bichos e as estrelas a iluminarem esse coração acreano enternecido.

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