quinta-feira, 5 de março de 2020

“Eu não quero essa conversa agora”. Essa foi a última frase ouvida por Thiago do governador Gladson Cameli



A imagem que mostra o ex-secretário de articulação política do governo do Acre, engenheiro Thiago Caetano, ermo e triste, em uma das saídas de emergência do Palácio Rio Branco, foi registrada após o encontro dele com o governador Gladson Cameli na saída da Assembleia Legislativa, quando o chefe do poder executivo, de forma fria disse: “Eu não quero essa conversa agora”, certamente, tratando sobre o tema de pré-candidaturas à prefeitura de Rio Branco este ano.

Após a declaração ríspida, Cameli virou as costas e deixou Caetano falando sozinho. Foi o último contato com aquele que, em dezembro de 2019, chamou o engenheiro e pediu que ele se viabilizasse para concorrer ao cargo de prefeito pelo Progressistas. Essa história foi revelada por Caetano para centenas de lideranças procuradas para apoio, entre elas, cargos estratégicos de comissão e até pastores.


O que mudou na regra do jogo?

Na verdade, ainda se trata de uma grande incógnita saber o que se passa na cabeça do governador quando o assunto é eleição 2020. Thiago e Luziel Carvalho, chamados pela Casa Civil – a pedido de Cameli – foram colocados contra a parede com a exigência de exoneração sem nenhuma garantia de que um ou outro seria o pré-candidato com a benção do Palácio.

Para o engenheiro que já vinha sofrendo um desgaste dentro da estrutura de governo, desde a Expoacre 2019, não restou outro caminho se não o pedido de exoneração. Caetano revelou para amigos próximos nesta quarta-feira que a primeira decepção na gestão ocorreu quando o mesmo foi convidado a sair da Secretaria de Infraestrutura.

Durante toda quarta-feira, Caetano recebeu diversas mensagens de lamentação. Longe das escadarias do Palácio Rio Branco, o engenheiro é visto como competente. Para muitos, o trabalho que ele fez frente ao Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) foi fundamental para a eleição do atual governador, principalmente, na recuperação da BR 364 que estava com risco de fechar. Como Senador, Cameli assumiu a bandeira de recuperação da rodovia que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul, restaurada sob a direção de Caetano.

Outra frente que o engenheiro assumiu e colocou o atual governador debaixo do braço foi a construção da ponte sobre o Rio Madeira. Esse é um sonho que Caetano pode concretizar na sua volta ao DNIT, o que ainda não foi confirmado. Thiago passou o dia em casa, recebeu visitas de amigos, pastores, orações e muitos abraços e apertos de mão.


Nas redes sociais, muitos hostilizaram, outros lamentaram a sua saída do governo. Nenhuma nota de esclarecimento foi emitida pela assessoria do governador.

Por ac24horas.com

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