quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Ministro Gilmar Mendes proíbe apurações que envolvam jornalista Glenn Greenwald

Ministro do STF atendeu a pedido do partido Rede Sustentabilidade. Site 'The Intercept', de Greenwald, publicou supostas conversas entre procuradores da Operação Lava Jato.


Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu na noite desta quarta-feira (7) apurações de órgãos de investigação ou administrativos com o objetivo de verificar como jornalista Glenn Greenwald obteve mensagens publicadas pelo site “The Intercept Brasil”.

Mendes atendeu a pedido feito em ação do partido Rede Sustentabilidade para impedir investigações sobre o jornalista. Segundo o ministro, a decisão visa proteger o sigilo da fonte jornalística, assegurada pela Constituição.

O site publicou conversas atribuídas a procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça.

O partido pediu que fossem suspensas quaisquer investigações contra o jornalista que eventualmente tivessem sido iniciadas em razão da divulgação das conversas, sob o argumento de que ferem a liberdade de imprensa.

“Com base nesses fundamentos, concedo, em parte, a medida cautelar pleiteada, apenas para determinar que as autoridades públicas e seus órgãos de apuração administrativa ou criminal abstenham-se de praticar atos que visem à responsabilização do jornalista Glenn Greenwald pela recepção, obtenção ou transmissão de informações publicadas em veículos de mídia, ante a proteção do sigilo constitucional da fonte jornalística”, decidiu o ministro.

O chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, já havia negado que houvesse apuração em andamento sobre o jornalista.

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