O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Jenilson Leite (PCdoB) falou na sessão desta terça-feira (2) sobre o protesto que os servidores da Saúde realizaram na galeria Marina Silva durante a sessão. Os funcionários que entraram em greve geral, protestam contra a proposta do governo do Acre de terceirizar parte dos serviços estaduais, eles também reivindicam a reformulação do Plano de Cargos e Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria.
Para o deputado, que também é médico, a preocupação da categoria é justa e deve ser compreendida pelo governo do Estado. “Essa preocupação dos servidores com a terceirização não pode ser vista pelo governo como intolerância, isso jamais. Os trabalhadores da saúde não querem de forma alguma atrapalhar o andamento dos serviços ou algo assim. O nosso objetivo é ajudar, colaborar na construção de um sistema de saúde mais digno e efetivo para a população”, disse.
Ainda de acordo com o oposicionista, a terceirização trará ainda mais prejuízos a saúde pública do Estado. “Se hoje, nós já estamos tendo dificuldades para pagar os convênios que temos com alguns serviços terceirados, imagina quando se terceirizar mais serviços. Será um vexame. Temos atualmente instituições importantes que foram para a ruas para conseguir o direito de terem seus convênios renovados, o que é uma vergonha. A terceirização será um prejuízo enorme para a população”, frisou.
Jenilson Leite destacou que outro motivo que levou à deflagração da greve foi o não cumprimento da promessa de campanha por parte do governador Gladson Cameli (PP), de regularizar a situação dos trabalhadores do Serviço Social de Saúde (Pró-Saúde).
“Esse é outro problema que o governador anterior não conseguiu resolver, não sei se por falta de vontade política ou não, mas acontece que o problema ainda está pendente e como o governador Gladson se comprometeu em resolver, os servidores ainda estão esperando. Eu sei que Gladson está bem-intencionado, que tem boa vontade, mas se não se organizar ele vai acabar prestando um desserviço para o povo do Acre”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac
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