segunda-feira, 20 de maio de 2019

Gol pede que Justiça não leve adiante nova proposta da Azul para compra de parte da Avianca Brasil

Gol diz que proposta da rival não tem legitimidade. Na semana passada, Azul fez nova investida de US$ 145 milhões.


Por G1

A companhia aérea Gol pediu que a Justiça não leve adiante a nova proposta da Azul de compra de parte dos ativos da Avianca Brasil, que está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado.


Na proposta apresentada na semana passada, a Azul pediu a realização de um novo processo competitivo com a proposta de uma nova Unidade Produtiva Isolada (UPI) pelo valor mínimo de US$ 145 milhões (o equivalente a R$ 595 milhões).


Avião da companhia aérea Avianca decola no Aeroporto Internacional São Paulo - Cumbica (GRU), em Guarulhos — Foto: Celso Tavares/G1

Na prática, o pedido feito pela Azul representou um retorno da companhia na disputa pela Avianca Brasil, com uma oferta superior à apresentada inicialmente. Em março, a empresa fez uma proposta de US$ 105 milhões para comprar parte das operações da companhia, mas em abril anunciou a desistência, acusando Gol e Latam de agirem para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, a mais cobiçada do país.

A Gol e a Latam só entraram na disputa no início de abril.

No documento enviado pela Gol para a Justiça, a empresa disse que a nova proposta da Azul não tem legitimidade. "A proposta da Azul não observa os procedimentos estipulados em lei para alteração do plano de recuperação judicial."

Os credores da Avianca já aprovaram um plano de recuperação judicial da companhia - se for adiante, a proposta prevê a divisão da companhia em sete UPIs. O leilão estava marcado para 7 de maio, mas foi suspenso por um determinação da Justiça. A Avianca recorreu da decisão.


"Nesse contexto, nunca é demais destacar que a Azul tem total liberdade e poderá comparecer ao leilão das 7 UPIs, apresentar lances para todas elas e se sagrar vencedora, adquirindo, assim, todas as UPIs", disse a Gol no seu pedido.

Procurada, a Gol disse que não iria se manifestar.

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