terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Em Davos, Bolsonaro diz que vai abrir economia e colocar país entre os 50 melhores para se fazer negócios

Presidente discursou por cerca de oito minutos no Fórum Econômico Mundial. Sem citar especificamente a Previdência, disse que vai fazer as reformas que o país precisa.

Por G1 — Brasília


O presidente Jair Bolsonaro, em discurso no Fórum Econômico Mundial de Davos, disse que vai abrir a economia brasileira para o mundo e colocar o país entre os 50 melhores para se fazer negócio.


Numa fala de cerca de seis minutos, o presidente ressaltou em diversos momentos que pretende intensificar as relações comerciais do Brasil e atrair investidores para o país.


"O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo", disse o presidente. "Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia", completou.


Segundo ele, o prazo para incluir o país no ranking dos 50 melhores para se fazer negócio é o final do mandato. Em uma lista divulgada pelo Banco Mundial em outubro de 2018, o país estava na 109ª posição.


"Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios", disse o presidente.


Bolsonaro disse ainda que vai se empenhar para aprovar as reformas "de que precisamos e que o mundo espera de nós".


No discurso, ele não mencionou nenhuma reforma especificamente. Depois, numa sessão de perguntas e respostas com o presidente-executivo do Fórum, Klaus Schwab, o presidente citou a reforma da Previdência e a tributária.


Em linhas gerais, Bolsonaro ainda expôs quais são as metas que o governo vai buscar na economia. Ele destacou a diminuição da carga tributária e uma simplicação das normas para estimular o setor produtivo. O presidente também disse que o governo vai realizar privatizações e agir para equilibrar as contas públicas.


"Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos. Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas", disse o presidente no discurso.





Sem 'viés ideológico'




Bolsonaro enfatizou que o Brasil vai construir parcerias no cenário internacional sem o que chamou de "viés ideológico".


"Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir", disse o presidente.


Na sessão de perguntas e respostas, ele afirmou que o Brasil pretende fazer negócios com todos os países "que comungam com práticas semelhantes à nossa".

Íntegra do discurso



No discurso de seis minutos, Bolsonaro afirmou que:

o governo investirá "pesado" em segurança para que estrangeiros visitem mais o Brasil] pretende "avançar" na compabilização de preservação ambiental e desenvolvimento econômico diminuirá a carga tributária para "facilitar a vida" de quem produz
trabalhará pela estabilidade macroeconômica
respeitará contratos
promoverá privatizações
buscará o equilíbrio das contas públicas
colocará o Brasil no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios
fará a "defesa ativa" da reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC)
defenderá a família e os "verdadeiros" direitos humanos
protegerá o direito à vida e à propriedade privada
promoverá uma educação voltada aos desafios da "quarta revolução industrial"

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