Há 56 anos Francisco Miranda de Vasconcelos, 64 anos, se dedica ao conserto de relógios na cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre. O município fica a mais de 600 km de distância da capital do estado, Rio Branco.
Chico Xêpa como é conhecido em toda cidade, trabalha desde os oito anos de idade no conserto de relógio. Ele se dedica a profissão há 56 anos. Iniciou o trabalho ao lado do pai. Tendo consertado o primeiro relógio aos oito anos. O primeiro cliente foi um empresário da cidade, seu Marmed Badarane. “Era uma criança quando comecei a trabalhar ao lado de meu pai, oito anos. O primeiro relógio que consertei foi do seu Marmed Badarane, lembro até hoje”. Conta Xêpa.
Xepa é um sujeito sorridente. Cumprimenta e brinca com todos que passa pela frente do seu boxe no mercado da alimentação. Seja homem, seja mulher, chama a todos de “meu amor”. “Trato todos com respeito e da mesma forma. Não diferencio se é mulher ou homem, negro ou rico, ajo desta forma com todos”.
Sempre que chama alguém de meu amor, sorri. É uma forma de ‘desarmar’ os clientes. O pequeno espaço é sempre movimentado.
Segundo o relojoeiro, por dia conserta em média vinte relógios. Já perdeu a conta de quantos clientes tiveram seus problemas solucionados, porém, tem convicção que foram muitos. Talvez uns duzentos mil, ou até mais.
O relojoeiro fala do amor que tem pela profissão. “Não é fácil passar tanto tempo numa mesma profissão, fazer a mesma coisa diariamente, somente o amor que sinto pelo que faço, me mantém ao longo de 56 anos consertando relógio”. Afirma.
Ainda segundo Chico Xêpa, o segredo para manter a clientela durante mais de meio século é ser honesto. “Trabalhar com lealdade, honestidade é o segredo para manter o sucesso durante tanto tempo”. Salienta.
Por Leandro Matthaus
Blog Tarauacá Agora
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