quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Vereadores que legislaram em defesa da ética foram derrotados nas urnas


O eleitor brasileiro votou contrário  aquilo que defendiam nas ruas em 2015 e 2016. Nestes  dois anos a maioria dos brasileiros foram às ruas pedir o fim da corrupção, da velha política e cobrou ética ao seus representantes.

Os gritos das ruas não  se repetiram nas urnas, ao contrário, puniram  os legisladores conhecidos pelos  discursos em defesa  da ética e contra os  gestores nada republicanos.

A maioria dos políticos eleitos foram de siglas  partidárias campeãs de membros envolvidos em esquema de corrupção, os ficha suja. Até traficante que cumpre pena na penitenciária foi eleito vereador- o mais bem votado.

Quatro vereadores acreanos que ficaram conhecidos pela defesa enfática do bom uso do erário público, discursos pautados na defesa dos mais humildes, denunciaram os desmandos administrativos,  apresentaram projetos que  contribuíram  para o melhor desenvolvimento da cidade, saíram derrotados das urnas.

Valdemir Neto, do PT de Cruzeiro do Sul, foi uma voz ativa contra as ações nada republicana de Vagner Sales, PMDB. Recebeu do povo uma votação pífia comparada a do Romário Tavares ( PMDB) que apoiou o aumento da taxa de iluminação pública.

Em Rodrigues Alves outra vítima foi Josué Dourado ( Pros). O parlamentar foi o mais bem votado da história política da cidade em 2012. Ele foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores, mas deixou a sigla por não concordar com a administração do Burica. O ápice da crise foi quando Josué pediu o cancelamento do concurso público realizado pela prefeitura, cujo os beneficiados foram os familiares do gestor e parentes dos secretários.

Zeina Melo , do PMDB de Jordão, também provou o amargo das urnas por legislar em defesa da melhoria da cidade, e não se vender ao sistema político vigente no país.

Outra parlamentar que sentiu o fel das urnas foi Matilde Silva, do PSDB de Feijó. A tucana era uma adversária ferrenha da gestão petista. Mas o reconhecimento não veio no dia 02 de outubro. " Eu pensei que legislar, fiscalizar, não se vender, apresentar projetos de leis, seria suficiente para o reconhecimento do eleitor". Disse Matilde na rede social FACEBOOK.

O eleitor brasileiro é igual a grande maioria da  torcida do Flamengo. Torce pelo time, mas não conhece o elenco e nem a história do clube. Assim é o eleitor:  vota,  mas não sabe em quem e o que ele fez.

Por Leandro Matthaus

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