domingo, 28 de fevereiro de 2016

Prima de Campos, Marília Arraes deixa o PSB e vai para o PT

Ficha de filiação da vereadora foi abonada pelo ex-presidente Lula. Ex-socialista divulgou carta de desfiliação nas redes sociais.

Do G1 PE

Vereadora Marília Arraes entrega ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ficha de filiação ao PT (Foto: Wilfred Gadêlha / Divulgação)

A vereadora Marília Arraes - prima do ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, e neta do ex-governador Miguel Arraes - vai se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT). A vereadora já havia rompido com a direção estadual do PSB, mas deixou oficialmente o partido na sexta (26). A cerimônia oficial de filiação ao PT está marcada para quinta-feira (3), às 18h30, na Câmara de Vereadores do Recife.

Lideranças petistas como o senador Humberto Costa, líder do governo no Senado, e o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), João Paulo, devem estar presentes na cerimônia no Recife. Durante a festa dos 36 anos do PT, realizada no Rio de Janeiro no sábado (27), a ficha de filiação da vereadora foi abonada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A carta de desfiliação de Marília Arraes foi protocolada no Diretório Estadual do PSB na sexta-feira (26). No documento, destinado ao presidente do partido em Pernambuco, Sileno Guedes, e publicado na íntegra na página da vereadora no Facebook, ela critica o antigo partido, acusando-o de “querer comandar desde simples decisões internas partidárias, que coubessem a escolhas democráticas e colegiadas, até o desenrolar de toda a cena e atores políticos do Estado".

A ex-socialista também critica, na carta, as alianças políticas celebradas pelo partido nas eleições presidenciais de 2014, sobretudo com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Na época, a vereadora rompeu com a legenda e apoiou Armando Monteiro (PTB), adversário de Paulo Câmara (PSB), nas eleições para o Governo de Pernambuco. “Dia após dia, foi-se tornando insustentável a minha permanência neste simulacro de Partido Socialista Brasileiro”, ressalta a ex-socialista no texto.

O G1 tentou entrar em contato com o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, mas não obteve retorno às ligações para comentar o caso.

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