sábado, 19 de dezembro de 2015

Associado a política fiscal mais frouxa, Barbosa diz que manterá compromisso com equilíbrio

Felipe Frazão, Veja.abril.com

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa(VEJA.com/Agência Brasil

Em seu primeiro discurso como titular da Fazenda, o ministro Nelson Barbosa procurou nesta sexta-feira minimizar os impactos dos rebaixamentos do grau de investimento do Brasil por agências de avaliação de risco internacionais e falou em manter as políticas implementadas pelo antecessor no cargo, o demissionário Joaquim Levy, com quem teve uma série de embates ao longo de 2015. Barbosa disse que o governo vai trabalhar em busca do reequilíbrio fiscal e em atingir a meta de 0,5% de superávit em 2016, aprovada pelo Congresso Nacional.

"O compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo", disse Barbosa. "Essa questão é fechada. A meta está fixada em 0,5%. São 30 bilhões de reais para o Estado como um todo, sendo 24 bilhões de reais para União. Vamos tomar todas as medidas necessárias para perseguir e atingir essa meta. A política fiscal e econômica como um todo continua na mesma direção de retomar o crescimento, elevar o resultado primário e controlar a inflação. Vamos focar na recuperação da estabilidade fiscal, controle da dívida e da inflação e retomada do crescimento. O grau de investimento vem como consequência."

O ministro enumerou uma série de medidas para redução das despesas do governo, programadas neste ano, e defendeu o corte de subsídios setoriais em busca da sustentabilidade fiscal. "Minha posição é a de governo. Foram revisados vários subsídios, taxas de financiamento do BNDES, Plano Safra, Fies, Ciência sem Fronteiras, Pronatec e Minha Casa, Minha Vida. Esses programas foram mantidos em bases mais sustentáveis. O volume de corte, de contingenciamento de despesas discricionárias de 78,5 bilhões de reais é o maior já feito. Pela primeira vez as despesas estão caindo em termos nominais. Em 2016 está programado um controle para gastar o mesmo nível gasto há seis anos, em 2010. Esse fato por si só já mostra o compromisso com o equilíbrio fiscal."

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