sábado, 31 de outubro de 2015

Falta de atividade física mata 300 mil por ano no Brasil

Rio antigo. A foto de Marc Ferrez mostra pessoas na antiga Avenida Central, atual Rio Branco. Datada de 1906, nela é visível como a maioria das pessoas está em boa forma. - Terceiro / Divulgação/IMS

RIO - Hoje começa o fim de semana, e muitos brasileiros planejam as mais do que tradicionais peladas, com três, quatro horas de futebol. A princípio, diversão e sinal de que, afinal, não são sedentários. Mas a batida expressão “só-que-não” nunca teve uso tão apropriado. Não só são sedentários quanto temerários. O exercício visto pela lente da ciência revela que a pelada pode até ser divertida, mas não traz benefício para a saúde. Na verdade, é arriscada. O mesmo vale para desportistas de fim de semana em geral. São os motoristas de domingo da saúde. Retrato de um país sedentário, em que só 30% da população é fisicamente ativa e apenas entre meros 2% a 5% fazem exercícios em volume ideal. No Brasil, 300 mil pessoas morrem por ano de doenças associadas diretamente ao sedentarismo, uma a cada dois minutos, diz o médico Victor Matsudo, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para atividade física e coordenador da Rede de Atividade Física da América Latina.

No mundo, afirma ele, são 5,3 milhões de mortes por ano. O vírus ebola, observa ele, matou cerca de 16 mil pessoas em 18 meses.

— De ontem para hoje, 154 mil pessoas no mundo morreram dessas doenças, principalmente as do coração. O sedentarismo é o fator de risco isolado, mas prevalente. A comunidade médica e científica demorou muito para acordar para o problema — diz Matsudo.

http://m.oglobo.globo.com/sociedade/saude/falta-de-atividade-fisica-mata-300-mil-por-ano-no-brasil-17932881

Por Ana Lúcia Azevedo, O Globo 

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