O vice-prefeito de Tarauacá, Chagas Batista ( PCdoB), depois de uma viagem de sete dias as margens do Rio Muru visitando a população ribeirinha e as escolas da rede municipal de Educação, escreveu o seguinte relato.
Batista relata em seu texto postado no facebook, a história de dedicação de uma professora ao ensino das crianças e dos cuidados com o ambiente escolar.
A professora, a família, o amor e a educação.
"A boa educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor", (Padre Vieira).
Costumamos ouvir dizer que a educação é tudo, porém, precisamos ter clareza que educação sem afeto e amor é quase nada!
Educação de qualidade pode acontecer em lugares distantes e em condições mais adversas. Vejam o que presenciei em uma pequena escola de 1º ao 5º ano, com 35 alunos.
A escola tem apenas uma educadora, a Ervânia Mesquita. Não tem merendeira e nem zelador. Mesmo assim, a sala é limpa e organizada. Tem lugar para os materiais escolares, para os brinquedos e para os materiais pedagógicos. Tem até o cantinho da beleza, lugar onde as meninas se penteiam, se maquiam, passam perfumes e ficam lindas!
Outra surpresa! A água servida na escola é potável. Lá existe um sistema de gravidade a partir de uma nascente em cima de um morro. Tudo feito e organizado pelo pai da professora. Os banheiros também obedecem ao padrão higiênico e seguro: com fossa e canos. Tem até chuveiro.
Outro aspecto que me deixou maravilhado, foi a alimentação das crianças. No entorno da escola, tem um pomar e uma horta, cujos produtos são usados para reforçar a merenda escolar. Lá as crianças não passam fome!
Que conclusão chegamos? De que é possível uma educação de qualidade acontecer nas localidades mais longínquas da floresta. E pasmem! Não existe nesta escola nenhum só caso de evasão escolar.
Assim, concluo com está convicção: Não existe possibilidade de fazer educação de qualidade sem amor, sem afeto, sem a participação da comunidade e da família.
É assim, que podemos fazer a boa educação!
Chagas Batista
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