domingo, 9 de agosto de 2015

Rio Branco: Ex-secretária de Educação de Tarauacá foi feita refém na última sexta-feira

A ex-secretária de Educação de Tarauacá, Luciene Calixto " Lula", foi feita refém na sexta-feira, 07, em Rio Branco. Ela e sua filha, a enfermeira Lorena Nunes, tiveram sua casa invadida na madrugada.


Por Aline Nascimento
do G1 AC


A enfermeira Lorena Nunes, de 30 anos, ainda tenta se recuperar do trauma que viveu durante a madrugada desta sexta-feira (7) em sua casa, localizada no Conjunto Castelo Branco, na capital acreana. Ela e a mãe tiveram a casa invadida por dois homens e em seguida, um deles fez com que elas fossem deixá-lo em um outro bairro. Durante o caminho, a Polícia Militar chegou a perseguir o veículo, mas o suspeito conseguiu fugir. O caso foi registrado na Delegacia Antiassalto da Polícia Civil (DAPC).

O portão da casa estava fechado, mas a porta aberta. De acordo com Lorena, a mãe e ela aguardavam o irmão chegar. "Ele estava na casa de um amigo, por isso a porta estava aberta. De repente escutei baterem na porta do meu quarto. Pensava que era meu irmão brincando e quando chamei pelo nome dele, ouvi a voz de homem dizendo 'sim', então abri a porta e logo fui rendida", conta.

Neste momento, a vítima gritou e a mãe ouviu. Em seguida, as duas ficaram deitadas no chão, enquanto o primeiro rapaz pedia que elas não o olhassem e exigia dinheiro. "Ele ligou para o segundo homem, que estava fora da casa. Ainda pedi que ele deixasse eu prender meu cachorro, porque tava com medo do que estava lá fora matá-lo. Esse primeiro que entrou era mais calmo, parecia ser menor e estar com medo. Mas, o segundo era muito violento", relembra.

Após revivarem a casa, a enfermeira conta que o segundo elemento ficou com o controle do portão da casa. E o outro pediu que ela pegasse o carro e fosse deixá-lo em casa. "O primeiro que entrou queria que eu fosse deixar ele, então pedi que minha mãe fosse comigo. Entramos no carro, até que em um trecho, ele pediu para eu ultrapassar o sinal vermelho e uma viatura da Polícia Militar, que passava, começou a nos seguir", diz.

Ela então foi obrigada a entrar em uma rua sem saída. Neste momento, o suspeito pegou sua mãe pelos cabelos e saiu arrastando. "Ele arrastava minha mãe como refém, mas no meio do caminho tinha uma vala, que minha mãe não conseguia pular. Ele chegou a atirar contra os policiais e conseguiu fugir".

Sobre o susto, a enfermeira conta que nunca esperou que isso pudesse acontecer com ela. "Eu sempre tive medo, mas nunca esperava que acontecesse com a gente. Eu só queria que eles saíssem logo dali, meu medo era meu irmão chegar e entrar em uma luta com eles", finaliza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário