quarta-feira, 8 de abril de 2015

No AC, trabalhadores se unem contra projeto de lei que facilita terceirização

Projeto de lei 4330 deve ser votado nesta terça-feira (7), na Câmara. 'PL é um câncer para o trabalhador', diz presidente da CUT-AC.

Por Aline Nascimento e Caio Fulgêncio
Do G1 AC

No AC, em torno de 30 sindicalistas entregaram panfletos em órgãos públicos; Eles são contra a PL 4330, que facilita a terceirização de trabalhadores (Foto: Aline Nascimento/G1)

Em um protesto pacífico, no Dia da Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, pelo menos 30 pessoas participaram de um ato nesta terça-feira (7), no Centro de Rio Branco, segundo a Central Única de Trabalhadores do Acre (CUT). As categorias aderiram à manifestação nacional e querem impedir a aprovação do projeto de lei 4330. A Polícia Militar estima que ato tem entre 20 e 30 pessoas. O movimentou, que começou às 8h (horário local), seguiu até as 12h.

O projeto de lei 4330, alvo da manifestação, tramita há dez anos na Câmara e vem sendo discutido desde 2011 por deputados, centrais sindicais e sindicatos patronais. O texto prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização.

Os atos são promovidos pela CUT, o MST e a UNE, entre outros grupos. Eles defendem a Petrobrás, uma reforma política e os direitos dos trabalhadores e são contra os ajustes fiscais.

De acordo com a presidente da CUT, Rosana Nascimento, os sindicatos em Rio Branco resolveram protestar por meio de panfletagens em prédios públicos e nas ruas da cidade. "Acreditamos na força dos trabalhadores e esse PL 4330 não pode ser aprovado. É um câncer para o trabalhador, que tem que receber seus direitos trabalhistas", diz.

Rosana afirma que, além da panfletagem, carros de som estão percorrendo as principais ruas da capital. "Estamos panfletando nos órgãos públicos, nas secretarias municipais e estaduais, bancos, no Terminal Urbano e na OCA [Central de Serviços Públicos]. Temos também carros de som circulando pela cidade, nas faculdades, esclarecendo os trabalhadores a respeito do perigo que é perder esses direitos", acrescenta.

Participam do ato, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect-Acre), Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Seeb-AC), Sindicato da Empregadas e Trabalhadores Domésticos do Acre (Sinddomésticas), Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Acre (Sindsep), Rede Acreana de Mulheres, Centro de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Acre (Unisol-Acre).

Para o presidente do Sindicato dos Correios do Acre (Sintect-Acre), Edson Pinheiro, a luta é contra a terceirização. Ele acredita que o que está faltando, não somente aos funcionários dos Correios mas a toda classe, são melhores condições de trabalho. O ato deve durar até às 11h.

"O Sindicato dos Correios também é a favor do ato e não defendemos a terceirização, porque sabemos que traz muitos malefícios aos trabalhadores. Vamos distribuir panfletos, chamar atenção da sociedade e dos trabalhadores, porque é uma defesa dos nossos empregos. O que falta não é abrir mercado às empresas particulares, mas dar condições ao trabalhador para que ele desenvolva um trabalho de qualidade e eficiência para a sociedade", finaliza.

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