terça-feira, 11 de novembro de 2014

Defensoria em Cruzeiro do Sul reduz atendimento por falta de defensores

Todos os atendimentos na área criminal estão suspensos. Defensor-público-geral diz que novas contratações estão previstas.

Por Genival Moura
Do G1 AC

Defensora diz que atendimento ao público reduziu em torno de 40% (Foto: Genival Moura/ G1)

A Defensoria Pública de Cruzeiro do Sul (AC), que chegou a fechar as portas em fevereiro de 2013 por falta de defensores, voltou a limitar o atendimento ao público pelo mesmo motivo. Quatro, dos cinco defensores que atuavam no órgão há mais de um ano, foram transferidos. O único defensor que permanece na cidade está de férias e apenas uma defensora recém-contratada está atendendo sozinha a população de cinco municípios da região, o que totaliza mais de 110 mil habitantes.

Devido à limitação no número de defensores, a prioridade tem sido para questões da Vara de Família com pensões alimentícias, investigação de paternidade, guardas de crianças e processos da Vara da Infância e Juventude. De acordo com Isla Maria, secretária da Defensoria de Cruzeiro do Sul, todos os atendimentos voltados para a área criminal estão suspensos.

“O atendimento ao público reduziu em torno de 40% porque é preciso priorizar, por enquanto não temos previsão de voltar a atender a parte criminal, quando eram cinco defensores eles se dividiam nas audiências e um atendia na comarca do município de Mâncio Lima, agora são apenas dois para fazer o mesmo serviço, sendo que este mês, contamos com apenas uma defensora. É uma sobrecarga de trabalho e, infelizmente, quem sofre com isso é a população”, destaca a secretária da Defensoria.

O defensor-público-geral no Acre, Dion Nóbrega Leal explica que as transferências ocorreram devido a modificações na carreira e não há preferência dos defensores em permanecer em municípios mais distantes, mas garante que a redução no quadro de defensores é momentânea. “Teremos novamente cindo defensores em Cruzeiro do Sul, inclusive já foram nomeados do último concurso, o que está faltando é apenas o cumprimento do prazo legal e no máximo em 60 ou 90 dias eles já estarão atuando”, garante.

Defensor-público-geral garante que novas contratações já estão previstas (Foto: Genival Moura/ G1)

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