segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Mercado reduz para 6,26% previsão para o IPCA de 2014 e vê PIB menor


Revisão na estimativa aconteceu após IPCA quase zero em julho. Expectativa de alta do PIB deste ano cai para 0,81% na 11ª queda seguida.

Por Alexandro Martello
Do G1, em Brasília



Após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter registrado um resultado quase zero em julho, os economistas do mercado financeiro revisaram para baixo sua previsão para ainflação do país neste ano. O índice recuou de 6,39% para 6,26%. Com isso, o valor se distanciou do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para o ano.
O mercado financeiro reduziu as estimativas para a alta do PIB deste ano de 0,86% para 0,81% na última semana

Pelo sistema que vigora atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%, mas com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Para 2015, porém, a expectativa dos economistas dos bancos para o IPCA subiu de 6,24% para 6,25% – na quarta elevação consecutiva. As previsões dos economistas dos bancos constam no relatório de mercado do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (18), fruto de pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana. O documento também é conhecido com Focus.

Produto Interno Bruto
No caso do crescimento da economia brasileira em 2014, porém, a previsão dos analistas recuou pela 11ª semana seguida. O mercado financeiro reduziu as estimativas para a alta do PIB deste ano de 0,86% para 0,81% na última semana. Para 2015, a previsão do mercado para a expansão do PIB recuou de 1,5% para 1,2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

Para conter a inflação, o BC subiu os juros entre abril do ano passado e maio deste ano, influenciando também o ritmo de atividade. Com taxas maiores, há redução do crédito e do dinheiro em circulação, assim como do número de pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços caiam ou parem de subir.

No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia do país cresceu 0,2% nos três primeiros meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecuária. O resultado do PIB do segundo trimestre será divulgado no fim deste mês.

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