sábado, 21 de junho de 2014

PT oficializa Dilma como candidata à reeleição


Anúncio já era esperado, mas ocorre com uma baixa importante: PTB deixa a aliança e isso custará mais de um minuto em cada bloco de propaganda na televisão

Diogo Alcântara
Direto de Brasília

Dilma e Lula durante convenção do PTFoto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

A partir deste sábado, a presidente Dilma Rousseff é candidata à reeleição, formando chapa com o vice-presidente Michel Temer, segundo foi formalizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O anúncio ocorre a quatro meses do pleito de outubro e contou com apoio do fiador da campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme definido pela cúpula petista, o tom da campanha adotado na convenção foi o de rivalizar o PT com o PSDB, deixando em posição coadjuvante Eduardo Campos, do PSB. Aécio Neves é visto como principal oponente e a partir de comparações a proposta do PT é comparar os 12 anos de gestão petistas (como se o governo de Lula e Dilma fosse um só) com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.

“A verdade deve vencer a mentira e a desinformação”, disse a presidente e candidata petista, Dilma Rousseff. “O nosso projeto de futuro e as nossas realizações devem vencer aqueles cujas propostas é retomar o passado”, acrescentou.

Dilma mencionou seus programas-vitrine, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Pronatec, além da política de valorização do salário mínimo e do enfrentamento à crise financeira internacional. A presidente não poupou críticas a governos anteriores, que ela chamou de “décadas perdidas”. “Eu não fui eleita para vender o patrimônio público, como fizeram no passado, nem para mendigar dinheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional), porque não preciso”, disse.

A presidente pediu o apoio da militância para vencer. “Preciso do apoio dos brasileiros, especialmente desta grande militância. Nós precisamos ir às ruas, explicar o que fizemos e o que podemos fazer”, afirmou Dilma. “Campanha é pra isso. Campanha é um ato de explicar, é um ato de lembrar todo esse passado e presente de realizações.”

Dilma criticou as agressões que sofreu nos últimos dias. “Não agrido, mas também, não fico de joelhos para ninguém. Não perco meu tempo tendo ódio e rancor dos meus adversários, porque isso não traz mérito para ninguém. Até porque eu tenho muito mais o que fazer: um país para governar, um povo para emancipar.”

Em seu discurso, Lula incitou a militância petista a apoiar a candidatura de Dilma nas ruas. Ele sinalizou que que deseja que PT comande o País por mais 50 anos. “Eles que se preparem porque a partir de 2018 a gente pode querer mais quatro também. Quem sabe que a gente está disposto a fazer na (primeira) metade do século 21 a fazer o que eles não conseguiram na metade do século 19 e do século 20”, disse.

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