segunda-feira, 31 de março de 2014

Campanha defende substituição de nomes de ditadores das escolas

Escola Municipal Presidente Médici, município da Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí, no litoral norte do estado de Santa Catarina

Do Escrevinhador

O governo do Estado da Bahia mudou oficialmente o nome do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici para Carlos Marighella.

Essa história começou com uma solicitação de alunos, ex-alunos, professores, pais e responsáveis, além da diretoria da unidade, em defesa da mudança do nome da escola.

A mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 14 de fevereiro.

A partir do exemplo da escola baiana, o movimento social Levante Popular da Juventude, que se notabilizou pela realização de escrachos contra os torturadores, lançou a campanha “Apague o ditador da sua escola”.

“A campanha pretende promover a substituição dos nomes de escolas públicas que homenageiam ditadores da história recente do país”, afirma o militante do Levante, Lúcio Centeno.

De acordo com levantamento, existem em todo país aproximadamente 1.000 escolas municipais, estaduais ou federais identificadas pelo nome dos cinco ditadores que ocuparam o posto de presidente entre 1964 e 1985.

“A campanha será organizada em 20 estados, através da atuação nas escolas, pautando o debate sobre o significado da ditadura para o Brasil, e estimulando a comunidade escolar a substituir o nome da escola, preferencialmente por nomes identificados com a resistência ao regime e as lutas democráticas”, afirma Centeno.

Um abaixo-assinado circula na internet também pedindo que “sejam proibidas homenagens à ditadores da história recente do Brasil em escolas públicas, sejam elas federais, estaduais ou municipais”.

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