Vista aérea de Rio Branco, atingida pela enchente do Rio Acre
(Foto: Divulgação/Sérgio Vale/Prefeitura de Rio Branco).
Rio Branco, em situação de emergência, tem prejuízo de mais de R$ 12 mi. Mais de 6.840 pessoas estão desabrigadas; rio chega à marca de 17,44 m.
Chega a mais de 65 mil pessoas o número de atingidos pelas chuvas que fizeram transbordar o Rio Acre, segundo o comandante da Defesa Civil do Acre, coronel João de Jesus Oliveira da Silva.
Apenas em Rio Branco são quase 12 mil atingidos. No total, há mais 6.840 pessoas desabrigadas, sendo alocadas em alojamentos da Prefeitura e do Governo do Estado, informou a Defesa Civil.
Nesta quarta-feira (22), em medição registrada às 6h, o Rio Acre chegou à marca de 17,44 metros, mais de três metros acima do ponto de transbordamento. Em 1997, o rio alcançou o nível máximo já registrado, com 17,67 metros, sendo considerada uma das piores cheias da história do estado.
Várias cidades estão alagadas, principalmente Rio Branco, Porto Acre, Santa Rosa, Rio Branco, Assis Brasil, Manoel Urbano e Sena Madureira estão entre as mais atingidas.
Na capital Rio Branco, sob estado de emergência desde quinta-feira (16), 1.918 famílias perderam suas casas e estão em abrigos públicos, abrigos não-oficiais e residências de parentes.
Prejuízo - Em um relatório parcial elaborado em conjunto pela Secretaria Municipal de Floresta e Agricultura (Safra), Defesa Civil e Governo do Estado aponta prejuízo de cerca de R$12,4 milhões na produção agrária de 16 comunidades rurais de Rio Branco, por conta da cheia do Rio Acre e seus afluentes. Principalmente os plantios de mandioca, banana, grãos e frutas se perderam com a alagação dos roçados.
A capital do Acre decretou situação de emergência devido às cheias. Segundo a Defesa Civil, o nível do rio Acre e de seus afluentes na cabeceira está baixando, mas o rio continua alto nas cidades e ainda pode subir. Técnicos estão acompanhando a movimentação das águas.
Nas cidades de Santa Rosa, Rio Branco e Assis Brasil, a situação é grave devido à cheia do Rio Iaco. Em Santa Rosa, o rio se mistura com a rua invadindo os espaços que antes eram tomados por pedestres e veículos.
Parte da capital ficou totalmente isolada por conta da enchente do Riozinho do Rola, um afluente do Rio Acre, e as autoridades locais tiveram que usar um helicóptero para levar alimentos aos moradores desta área neste domingo (19). Apesar da situação ser preocupante, as autoridades de Rio Branco decidiram manter as festas de carnaval, que, na noite do último sábado, reuniram mais de 40 mil pessoas no centro da capital do estado.
A prefeitura de Porto Acre decretou situação de emergência, onde pelo menos 230 famílias ribeirinhas estão desabrigadas devido à cheia. Na área urbana, outras 22 famílias estão desabrigadas.
Índios Kaxinauwá e Jaminawa também tiveram que deixar suas aldeias e foram transportados para a cidade. Em Assis Brasil outras 149 famílias foram desabrigadas.
Força Nacional - O governo federal enviou pelo menos 30 militares da Força Nacional para auxiliar no trabalho de remoção das famílias atingidas. Segundo a Agência de Notícias do Acre, a tropa está a disposição do Corpo de Bombeiros para colaborar com a retirada das pessoas que estão ficando desabrigadas.
Cada militar da Força Nacional acompanha duas equipes de quatro pessoas que são enviadas aos locais onde as vítimas da enchente solicitam apoio da Defesa Civil. Os militares chegaram no Acre em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo Armin Braum, da Defesa Civil Nacional, enviado para acompanhar de perto a situação em todo o estado, mais 40 bombeiros estão chegando para somar esforços, além de cestas alimentícias, medicamentos e 15 médicos da Fundação Nacional de Saúde, informa a Agência de Notícias do Acre.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário