Ex-governador do Amapá assumiu mandato de senador nesta terça (29).
Com a chegada de Capiberibe, Gilvam Borges (PMDB-AP) deixa o Senado.
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O ex-governador do Amapá João Capiberibe (PSB) tomou posse na tarde desta terça-feira (29) no Senado. Capiberibe foi empossado pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), em uma rápida cerimônia no plenário da Casa.
A posse foi definida pela Mesa Diretora da Casa por unanimidade, em reunião na manhã desta terça. Capiberibe chegou ao plenário acompanhado de dezenhas de apoiadores, e não quis falar com a imprensa antes da posse. "Deixa, deixa em me sentar nesta cadeira", disse.
Em agosto deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux liberou o registro de candidatura de Capiberibe, que recebeu votos suficientes (130 mil) nas eleições do ano passado para se eleger senador, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa por conta de uma condenação, em 2004, por suposta compra de votos. Na última segunda-feira (14), Capiberibe foi diplomado senador pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá.
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João Capiberibe assumiu a vaga no lugar de Gilvam Borges (PMDB-AP), o terceiro em número de votos no Amapá na última eleição, que renovou duas das três cadeiras de cada estado na Casa. Desde março, Gilvam está de licença médica e vem sendo substituído por seu primeiro suplente e irmão, Geovani Borges.
Com a chegada de Capiberibe, o PSB ganhará uma das três vagas de senador pelo Amapá. O único representante do PMDB passa a ser o presidente da Casa, José Sarney. O PSOL tem Randolfe Rodrigues.
DiscursoLogo depois de empossado, João Capiberibe fez um discurso de mais de 20 minutos na tribuna do Senado. O senador relembrou sua vida política, ao lado da mulher, a deputada federal Janete Capiberibe, desde o tempo em que a família ficou exilada no Chile durante o período da ditadura militar.
Capiberibe disse que, com a posse no Senado, chega ao fim o que ele chamou de "segundo exílio político" de seis anos. Eleito senador em 2002, Capiberibe teve o mandato cassado em 2004 sob suspeita de compra de votos.
Segundo Capiberibe, as duas condenações judiciais que ele teve foram pelo Tribunal Militar, em 1970, quando ficou 11 meses preso, e pelo Tribunal Superior Eleitoral, que o condenou por compra de votos na eleição de 2002.
Segundo ele, a denúncia feita por duas mulheres, que resultou na perda do mandato em 2004 "não resiste a uma busca no Google". "Depois de cassado na ditadura, o TSE foi além, e mostrou que um raio pode cair duas, três vezes na mesma cabeça", disse o senador.
Adversário político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Capiberibe afirmou que, independentemente das divergências políticas, vai trabalhar junto com Sarney por melhorias pelo estado do Amapá.
"Independentemente das diferenças políticas e ideologicas, e é notório que exisem diferenças com meu colega de mandato, José Sarney. Mas para defender os interesses do nosso povo, isso não será obstáculo. Vamos trabalhar junto ao governo Dilma para melhorar a situação do nosso estado", afirmou.
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