*Marcio Bittar
Dia desses, manchete de um jornal acreano, de maneira absolutamente equivocada, dava conta de que eu teria feito algum movimento para retirar a pré-candidatura do PMDB da capital. Quero deixar claro, a minha opinião sobre o papel das oposições.
É fácil constatar que nosso povo quer promover a alternância do poder e quanto mais perto chegamos desse objetivo, mais aumenta a nossa responsabilidade. É preciso, como nunca, nos prepararmos para a tarefa de governarmos o Acre.
Sempre defendi e lutei pela unidade das oposições, que deve ser selada a partir de pontos comuns, como a defesa do aperfeiçoamento democrático e o crescimento econômico que liberta e cria oportunidades a milhares de acreanos.
Devemos inaugurar um novo movimento que diga, primeiro, quais são os nossos princípios e bandeiras, o que faremos para ganhar, e, principalmente como governaremos. Os nomes e as composições vêm depois.
Quando não alcançamos a união e a coesão, nos distanciamos do nosso objetivo maior que é a viabilização das administrações dos municípios em que formos vitoriosos,
Mas, se cada um fizer e falar o que quiser, marcharemos divididos e enfrentaremos mais dificuldades nas eleições.
O que me anima é a possibilidade de nos unirmos, todos em um só projeto. E de forma apaixonada e dedicada trabalharmos pela sua concretização, mostrando para nós mesmos que estamos prontos.
Recentemente, renunciei à minha vontade de ser candidato a prefeito de nossa capital para ver meu partido unido. Entendo que não pode haver unidade com reserva antecipada de espaço político,
Há alguns dias, visitei pela manhã o PMDB e pela tarde, o PP. Não fui para pedir a eles que retirassem suas pré-candidaturas. Rio Branco já tem a possibilidade do segundo turno, o que permite, à oposição, lançar mais de um candidato. O que precisamos é fazer isso combinado para que, havendo um segundo turno, estejamos todos no mesmo palanque.
Com relação ao interior, teremos que ter o máximo de paciência para chegarmos às chapas únicas, Esse cenário que hoje nos é favorável, só permanecerá assim com a nossa união.
Não me parece razoável, como exemplo, que eu e os deputados Flaviano Mello, Antonia Lucia e o senador Petecão, que nos elegemos todos no mesmo palanque, estejamos, dois anos depois, cada qual montando sua própria chapa no interior. Ao contrário, penso que nós, em conjunto com a boa nova que representa o deputado Gladson Cameli, temos que retribuir o apoio que recebemos nos municípios, estando todos apoiando os mesmos candidatos.
O que aqui escrevi é exatamente o que venho falando por onde ando e, com todos que converso, tenho dedicado um tempo da minha vida a essa tarefa: dar ao Estado uma alternativa decente de poder, que no governo faça as correções necessárias, mantenha o que de bom está em andamento e mude para melhor o que for preciso mudar.
Este é meu objetivo e também do meu projeto político: ver todos unidos em torno dos mesmos ideais. Todos com uma mesma meta: fazer o nosso Estado encontrar o seu caminho de desenvolvimento, tornando-se, cada vez mais, um grande lugar para se nascer e viver. É nisso que acredito!
As reflexões que faço, evidentemente, originam-se da aprendizagem da vida toda. É lógico que tentando acertar eu já errei muito, mas o bom de tudo é saber que é sempre possível corrigir os meus equívocos e também os equívocos da oposição
*Marcio Bittar é deputado federal do Acre
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