quarta-feira, 20 de julho de 2011

DR. RODRIGO DAMASCENO É PROIBIDO DE FAZER ATENDIMENTO CLÍNICO NA MATERNIDADE DE TARAUACÁ

RODRIGO DAMASCENO: Minha opinião sobre a Proibição do Atendimento na Maternidade de Tarauacá...

Atendimento que existia anteriormente.

Desde quando cheguei em Tarauacá percebi a necessidade de prolongar o atendimento que existia no posto para a maternidade com o intuito de melhorar a assistência e dar oportunidade de atendimento a todos que me procuravam. Desta forma começamos a fazer um trabalho diferenciado com objetivo de atender a todos independente de classe social. (Saiba mais Aqui)

Proibição de Atendimento. Click na imagem para ampliar

No último dia 12 de julho fui surpreendido com as determinações contidas numa portaria, expedida pela Diretora da Maternidade local, em que proíbe o atendimento clínico naquele estabelecimento de saúde.

Por conseguinte, pairou-me várias dúvidas acerca de tal atitude, foi então que o diretor clínico e gerente de assistência, Dr. Marlino Vitorino e Alberlândia Cabral, a Gerente na referida Maternidade, convocaram uma reunião com o intuito de explicar a medida tomada.

Na Reunião, o Dr. Marlino Vitorino falou que a medida proibitiva se deu face ao risco de infecção Puerperal (Pós-Parto das Grávidas). E mais, ressaltou, ainda, que não é função da maternidade realizar atendimento clínico, visto ser função típica dos postos de saúde e hospital.

Desse modo, cabe alguns esclarecimentos:

a) infecção puerperal é aquela que ocorre até 45 dias pós parto, período esse, considerado como puerpério, por não haver aumento do número de infecções na nossa maternidade. Vale dizer, que esse tipo de infecção ou qualquer outra de natureza mais grave, há tempo não ocorre na Maternidade do nosso Município.

b) quanto aos postos de saúde que devem realizar os atendimentos clínicos, concordo parcialmente, pela seguinte razão: os postos existem, porém nem sempre estão funcionando a contento, visto que não conseguem atender toda a demanda que os procuram.

Ademais, sou daqueles que entende que, muitas vezes a doença não escolhe hora e, muito menos, o ser humano. Assim, grande parte daqueles que eram atendidos na Maternidade, por ocasião do plantão, eram provenientes das margens dos rios, igarapés e das localidades das BR-s mais longínquas desta cidade, onde o poder público muitas vezes se faz ausente, e que somente compareciam à noite, quando os postos já se encontravam fechados.

c) Entendo, também, que algumas pessoas tenham preferência de ser atendida por esse ou aquele médico. Afinal, nada pode deixar um profissional mais feliz do que o reconhecimento da população pelo seu trabalho.

d) Bem como, em virtude da distância do novo hospital fica dificil o acesso da população mais carente, a qual era beneficiada quando se tinha atendimento na matenidade.
e) por fim, remeto ao juramento de Hipocrates, os quais não devem omitir e negar socorro a quem estiver precisando. Desta forma, concordo que não seja obrigatório a todos os médicos atenderem pacientes clínicos na maternidade, mas daí a proibir quem queira atender a população, já que comprovadamente nenhum mal advêm com o atendimento realizado nesta instituição, já soa um tanto quanto questionável.

Espero que neste caso o bom senso e acima de tudo o pensar na população fale mais alto e possamos dar um atendimento cada vez mais humanizado e diferenciado para nossa cidade que tanto merece.



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