ac24horas teve acesso exclusivo aos documentos das reuniões realizadas nos dias 13 e 16 de maio, entre os representantes das instituições, em que Mâncio Lima se esquiva de discutir as propostas apresentadas pelo Tribunal de Justiça, alegando não ser aquele ambiente o Fórum adequado para mudanças na LDO.
- Aqui não temos poder/alçada para decidir sobre a demanda do Judiciário, pois o corpo técnico não possui competência para discutir valores da LDO – teria dito Mâncio Lima.
Sem avanço nas discussões, um documento foi apresentado aos representantes do Estado que se comprometeram em apresentá-lo ao governador Tião Viana. A proposta enviada pelo Judiciário refere-se ao percentual de 13,5% das receitas do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE, do Imposto Sobre Operação Relativa à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestação de Serviços de Receitas Tributárias, efetivamente arrecadadas no exercício anterior ao da elaboração da LDO, deduzindo-se os repasses aos municípios e ao Fundo de Manutenção e desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.
O secretário Mâncio Lima foi impugnado também quando esclareceu que o orçamento do Estado sempre foi executado com base na LDO e em acordos que não foram formalizados, mas que foram firmados entre o executivo e Judiciário. Segundo o juiz auxiliar da presidência, Dr. Laudivon Nogueira, “isso aconteceu somente em 2001”.
Ainda conforme informações que a reportagem teve acesso, Mâncio informou que não saberia viabilizar as pretensões colocadas pelo Judiciário, que poderiam implicar em modificações substanciais da LOA – Lei Orçamentária Anual de 2012.
O pepino está nas mãos do Poder Legislativo, que precisa discutir e aprovar antes do recesso de Julho, o texto da LDO nas Comissões de Orçamento e na Comissão de Constituição e Justiça. Em tese, a aprovação da Lei está comprometida, segundo o judiciário, o anteprojeto contém vicio de inconstitucionalidade por violação ao disposto no artigo 99, parágrafo 1º da Constituição Federal. O ofício 485 do Gabinete da Presidência do TJAC relata aso deputados estaduais, o que chama de “gatilhos” na LDO.
Até o final de semana, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Elson Santiago (PP) não havia se pronunciado oficialmente sobre o imbróglio.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
js.carioca@hotmail.com
Rio Branco - Acre
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