Líder do governo foi preso nesta quarta-feira (25) por ordem do Supremo. Em votação aberta, Senado eu aval à prisão decretada por ministro.
Por Laís Alegretti
Do G1, em Brasília
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou nesta quinta-feira (26) que sugeriu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que a Mesa do Senado comunique oficialmente ao Conselho de Ética que há um senador preso.
Se isso não ocorrer até o início da próxima semana, Cássio Cunha Lima disse que a oposição entrará com a representação contra o petista. O pedido, de acordo com o senador, será pela cassação do mandato de Delcídio por quebra de decoro parlamentar.
“Se a Mesa Diretora não fizer a comunicação oficial ao Conselho de Ética, os partidos de oposição haverão de se reunir e farão a notificação ao Conselho de Ética para tomar providências em relação ao mandato do senador”, afirmou o parlamentar tucano.
A Secretaria Geral da Mesa do Senado informou que o presidente da Casa, Renan Calheiros, não tem obrigação de comunicar o Conselho de Ética.
Questionado sobre se há algum receio da oposição em entrar diretamente com a representação, Cássio Cunha Lima negou.
“Não há receio nenhum. O receio seria a impunidade e isso não acontecerá, porque se a mesa diretora não fizer a comunicação, os partidos de oposição farão a representação e o processo será aberto, respeitando os devidos processos legais, e o plenário vai decidir sobre futuro do mandato do senador Delcídio”, reforçou.
Líder do governo no Senado, Delcídio foi detido nesta quarta-feira (25), pela Polícia Federal (PF), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Em uma gravação, ele oferece ajuda financeira à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Segundo a Procuradoria Geral da República, o valor oferecido seria de R$ 50 mil mensais.
O Senado decidiu, nesta quarta, em votação aberta,manter a ordem de prisão expedida pelo Supremo contra o senador Delcídio do Amaral, líder do governo na Casa.
Com isso, o parlamentar petista continuará preso por tempo indeterminado. A manutenção da prisão foi decidida por 59 votos favoráveis, 13 contra e uma abstenção.
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