A direção estadual do PCdoB iniciou uma rodada de conversas com as lideranças dos partidos que compõe a Frente Popular do Acre, para reivindicar uma chapa majoritária mais plural. O diálogo envolve os quatro pré-candidatos a governadores, os dois pré-candidatos ao Senado, o governador Tião Viana, além dos líderes que comandam as demais agremiações que integram o grupo político.
O cenário político no Estado, indica que o pleito em 2018 será um dos mais difíceis que a FPA já enfrentou, nestes vinte anos de disputa. Por isso, o PCdoB argumenta que as legendas que fazem parte da FPA, com exceção do PT, precisam serem mais vistas, isto é, que seja contemplado o maior número de partido na chapa majoritária. Diante disso, o PCdoB reivindica que a vaga de vice-governador e as duas primeiras vagas de suplentes de senadores sejam preenchidas por nomes de outros partidos.
Durante as conversas que o partido está tendo, foram apresentados como postulante ao cargo de vice-governador: Moisés Diniz e Jenilson Leite, deputado federal e estadual, respectivamente. O nome dos parlamentares foi posto em apreciação dentro do bloco político, porque o PCdoB entende que os dois legisladores têm o perfil indicado para representar a sigla na disputa ao Palácio Rio Branco. Além disso, os deputados têm uma representação política forte na região de Tarauacá/ Envira, responsável pelas últimas duas vitórias de Tião Viana ao governo.
Moisés Diniz foi deputado estadual por três vezes consecutivas e o mais bem votado em Tarauacá à Câmara Federal. Atualmente exerce o mandato de deputado federal na qualidade de suplente, sua atuação política ecoou nos vinte dois municípios do Acre. Diniz tem ainda a seu favor, o fato de ter sido líder dos governos petistas por quase quatro anos. Destaque que foi o único parlamentar a ocupar o cargo de líder que conseguiu a reeleição.
Jenilson Leite é um político em ascensão. Ele é considerado pela imprensa acreana como um dos deputados mais produtivos da atual legislatura. Comandou nos dois primeiros anos de mandato a principal comissão do parlamento, a CCJ. Seu trabalho à frente da Comissão lhe rendeu o prêmio de personagem política do ano em 2015. Eleito numa chapa que tinha outros dois parlamentares experientes, Leite se consagrou como umas principais lideranças do PCdoB, tanto na sua terra natal- Tarauacá, bem como na capital pela expressiva votação que obteve, ultrapassando à casa dos mil e quinhentos votos.
A indicação de Jenilson Leite e Moisés ganha força porque o reduto eleitoral dos dois políticos, ou seja, a região de Tarauacá/Envira, que corresponde aos municípios de, Feijó, Jordão e Tarauacá, foi responsável pelas últimas duas vitórias de Tião Viana (PT), na disputa pelo Palácio Rio Branco.
Este colégio eleitoral foi extremamente importante para a vitória do petista. Os votos que garantiram a eleição e a reeleição de Viana (PT) veio do reduto comunista. Em 2014, no primeiro turno Tião Viana obteve 20.310 votos contra 10.933 dos candidatos da oposição, deste montante mais de dez vieram das urnas de Tarauacá, terra natal de Jenilson Leite. Já no segundo turno, o petista trinfou sobre o adversário Márcio Bittar com 19.557 contra 10.440, novamente a maior votação foi obtida em Tarauacá. Outro argumento do PCdoB, é que em 2016 foi a sigla mais bem votada nestes municípios para o legislativo, tendo elegido inclusive sete dos 16 vereadores comunistas no pleito. Por estes fatores, a direção estadual do Partido Comunista do Brasil apresentou os nomes de Diniz e Leite para integrar a chapa majoritária de 2018.
Além disso, a última pesquisa Vox Populi para governo do estado, indica que este colégio eleitoral será mais uma vez decisivo. Porque o pré-candidato da oposição lidera no segundo maior colégio eleitoral, enquanto um dos quatro pré-candidatos da FPA lidera na capital. Pela lógica, os municípios que deram a vitória a Tião Viana terão peso decisivo na vitória do próximo governador do Acre.
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