segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Vereador do PMDB acusado por pedofilia recebe da Câmara e da UFAC: Renda mensal é de R$ 13 mil

O vereador mais votado de Cruzeiro do Sul (1.274 votos), Marcos Lima Verde, continua recebendo mensalmente o salário de parlamentar, mesmo após ter sido preso dentro da Câmara Municipal acusado de explorar sexualmente menores na cidade.

Lima Verde foi preso no dia 20 de dezembro de 2013. Ele é acusado ainda pelos crimes de favorecimento à prostituição e estupro de três menores.

A ação penal foi instaurada a pedido do Ministério Público, após denúncias feitas por populares de que o acusado mantinha relações sexuais com garotos menores de idade em troca de dinheiro.


O vereador conseguiu soltura por habeas corpus e aguarda decisão da justiça, mas permanece afastado e não deveria receber salários. Mesmo com essas implicações o parlamentar afastado.

O salário do vereador supera R$ 8,3mil e segundo a mesa diretora o pagamento está respaldado em ordem judicial. Já na Ufac, onde Lima Verde é professor do quadro efetivo, o salário chega a R$ 4.4 mil. A universidade justifica a manutenção do pagamento afirmando que só tomará uma decisão de mérito.

Para amigos mais próximos, o parlamentar afastado afirma ser inocente das acusações e que vai provar isso na justiça.

Enquanto isso nas ruas o comentário é geral. A população não concorda com o pagamento de salário ao vereador sem o mesmo estar trabalhando. No mês de abril deste ano a câmara de vereadores de Cruzeiro do Sul abriu um processo político administrativo em desfavor de Marcos Lima Verde, afastado há cerca de 1 ano e 8 meses.

Após a aprovação do requerimento por 7 a 2 foi criada uma comissão com poder de investigação que deve se embasar em todo o processo e apresentar a mesa diretora que vai decidir se cassa ou não o vereador. A camara tinha 60 dias para apresentar esse relatório mas já se passaram quase cinco meses.

“A comissão que investiga esse caso aqui na camara disse que o processo que pode cassar o vereador não anda porque o poder judiciário local não cede as informações alegando segredo de justiça. Isso tem que ser resolvido pois gerou clamor social, afirmou a vereadora Iria Matos (PCdoB), autora do requerimento que pedia a abertura do processo político administrativo.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Estado do Acre, “o processo tramita na Vara da Infância e da Juventude de Cruzeiro do Sul, cuja titular é a juíza de Direito Adimaura Cruz. A defesa do réu requereu perícia nos celulares do acusado e vítimas, por onde eram trocadas as mensagens no Facebook e SMS. A magistrada aguarda a realização dessa perícia, que é realizada pela Polícia Civil, órgão ligado ao Estado.

Vejapolitica.net

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