domingo, 17 de agosto de 2014

Bomba: Decisão judicial que inocenta Bocalom revela armação do PT às vésperas das eleições em 2012

Por Assem Neto, acrealerta.com 
Em 2012, o professor Bocalom, à época candidato a prefeito de Rio Branco, tinha razão quando disse: “eu jamais agredi alguém”. O comentário foi feito aos prantos, em coletiva à imprensa, horas após o Partido dos Trabalhadores explorar afirmações “inverídicas” de um cidadão no Programa Eleitoral do então candidato Marcus Alexandre.

Em decisão judicial, José Aparecido dos Santos, vulgo “Zezão do Chapéu”, foi condenado a pagar R$ 4 mil reais de indenização a Bocalom. Ele disse, no horário político do PT, na televisão, que havia sido espancado por Bocalom ao pedir um remédio, quando o candidato era prefeito de Acrelândia.

Em sua sentença, a juíza Maria Rosineide dos Reis Silva disse estranhar “que a denúncia tenha sido apresentada somente em 2012, justamente num horário político-partidário, por ocasião das eleições, sendo que a suposta agressão teria ocorrido em 1996, desacompanhada de boletim de ocorrênciapolicial”.

A juíza prossegue: “as testemunhas apresentadas pelo reclamante e pelo reclamado afirmaram não ter havido agressão”, escreveu ela na sentença. 

A mentira, usada pelo Marketing do PT sem dar direito de defesa ao então candidato Bocalom, foi ao ar no último programa eleitoral do candidato Marcus Alexandre.

Um direito de resposta, solicitado judicialmente às vésperas da votação, foi negado pelo juiz da propaganda em 2012, Pedro Longo, que, coincidência ou não, hoje, é candidato à suplente de senador na chapa da Frente popular. Trinta inserções do programa eleitoral de Bocalom foram retiradas do ar àquela época em menos de duas semanas.

A juíza ensina, ainda, que “a difamação, consumação do ilícito, para se configurar, basta que chegue ao conhecimento de apenas uma pessoa”.

“Bocalom teve o seu direito de resposta negado, via de consequência, não pôde esclarecer a verdade à população rio-branquense. Foi uma das maiores aberrações jurídicas que já vi”, disse o advogado Roberto Duarte, responsável pela ação que, segundo ele, “fez justiça antes tarde do que nunca”. Duarte é candidato ao senado na mesma chapa de Bocalom.

José Brandão Maia, vulgo “Brandão”, à época dirigente do próprio PT de Acrelândia e amigo de José Aparecido, também foi condenado a pagar indenização no mesmo valor (R$ 4 mil). “José não tinha provas, mas aceitou ir à imprensa e falar de algo que não tinha conhecimento”, diz a sentença.

À época, os principais apoiadores políticos de Bocalom condenaram a manobra do PT. “Partiram para o terrorismo”, disse o senador Sérgio Petecão. Os deputados federais Márcio Bittar (PSDB), Gladson Cameli (PP) e Antônia Lúcia (PSC) também prestaram solidariedade a Bocalom.

Duarte lembra que "muitos eleitores, já na reta final do processo eleitoral, acabaram sendo induzidos a anular o voto ou votar em outro candidato, por conta das mentiras expostas no programa eleitoral do PT".

“Alguém tem dúvida que esse fato e a negativa do juiz eleitoral de então mudou o resultado das eleições de segundo turno nas eleições de Rio Branco?”, questiona Normando Sales, secretário geral do Democratas-AC.






*Assem Neto é jornalista e cordenador de Comunicação da Coligação Produzir para Empregar

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